O momento mais emocionante do GP Brasil de Fór­­mula 1 foram as voltas rápidas de Nelson Pi­­quet com a Brabham de 1981, com a qual ele conquistou seu pri­­meiro título mundial, há 30 anos. Impossível não se lembrar de uma época em que nossos pi­­lotos protagonizavam a disputa pelo campeonato.

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Em 2011, o Brasil não subiu no pódio – o que não acontecia des­­de 1998. O próprio Felipe Massa disse, após a corrida, que este foi um ano para ser apagado. Para o torcedor brasileiro, a temporada será lembrada pela "real" estreia de Bruno Senna com a Renault. O saldo foi positivo, mas ainda não há garantias de que o sobrinho de Ayrton es­­teja no grid no ano que vem.

O mesmo pode ser dito de Barrichello e, pelo que vi em suas declarações nas entrevistas em Interlagos, o tom nunca foi de despedida, pelo contrário. Ao mesmo tempo, ele mesmo reconhece que a novela do fim de 2008 – quando ele só conseguiu seu cockpit a poucos dias da abertura da temporada – deve ser repetida.

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Se para os brasileiros o ano não trouxe tantas boas memórias, para a F-1 como categoria, foi marcado por um grande acerto fora das pistas, no regulamento. Os novos pneus Pirelli, que propositalmente durariam menos e tornariam as corridas mais movimentadas, combinaram perfeitamente com o DRS, dispositivo que libera a asa móvel e que proporcionou um show de ultrapassagens.

Só esqueceram de combinar com a Red Bul e, em especial, com Sebastian Vettel. Lu­­cas di Grassi, piloto de testes da Pirelli, me explicou que o alemão soube como ninguém aproveitar o máximo de performance do carro em condições especiais, como na classificação e nas primeiras voltas de um GP.

É uma questão complexa, que envolve a temperatura dos pneus (ele pode saber aque­­cer mais rapidamente que os outros, por exemplo) e também encontrar o limite máximo de aderência em condições adversas (como um bom piloto na chuva, por exem­­plo, algo que Vettel mostrou que é desde sua primeira vitória na F-1). No Brasil ele fez isso até que o suposto problema de câmbio o fizesse aliviar no final.

Por isso, o ano de 2011 será lembrado pela asa móvel, por algumas corridas malucas, pe­­la rivalidade Massa x Hamil­­ton... Mas, sobretudo, pela confirmação: estamos, sim, vi­­vendo a Era Vettel.

Agora, que venha 2012, com suas 20 etapas, novamente com o término no GP Brasil, em Interlagos. Difícil esperar uma temporada promissora, mas nada é impossível nas cor­­ridas de carro.

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