O GP do Canadá marcou o fim da hegemonia da Mercedes e também trouxe à tona a marca da temporada 2014: o de intensos duelos internos. A começar pela equipe Mercedes. Mesmo sem vencer, o segundo lugar de Rosberg e o abandono de Hamilton colocaram o alemão em boa vantagem em um campeonato que será decidido em detalhes: 22 pontos de liderança.
Se a disputa está acirrada na Mercedes, o mesmo pode ser dito nas equipes que lutam para ser a melhor "do resto". Talvez o caso mais surpreendente seja o da Red Bull, em que o novato Daniel Ricciardo está melhor do que seu companheiro de equipe, Sebastian Vettel. E a vitória de ontem veio coroar o nome do australiano como a grande surpresa de 2014.
Além de vencer o duelo de classificações, com o novato liderando por 5 a 2, ele mantém o domínio em corrida por 6 a 1. Ninguém questiona o talento do alemão, tetracampeão do mundo com muitos méritos: teve, sim, o melhor carro, mas enfrentou grandes adversários, como Fernando Alonso, e equipes igualmente poderosas, como a Ferrari.
Outro duelo interno que está intenso em 2014 é o da Williams. Fui um dos primeiros jornalistas a entrevistar Felipe Massa após seu primeiro contato com o carro na pré-temporada, em Jerez de la Frontera, e dava para ver que o entusiasmo do brasileiro era genuíno. A equipe mostrava potencial, ainda mais com o motor Mercedes já revelando que seria um grande diferencial no ano.
Vieram os primeiros GPs do ano e, mesmo com desempenho equilibrado nos treinos e classificações, Massa viu seu companheiro de equipe marcar mais pontos. Em termos de grid, a briga está bem equilibrada: 4 a 3 para Bottas, após superar por centésimos de segundo o brasileiro em Montreal. Em corrida, os dois também chegaram empatados no Canadá, mas Massa perdeu a chance de um grande resultado depois da batida na última volta.
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