Nem o bom amigo Edson Szalbot, um daqueles coxas que não pensa duas vezes em puxar uma boa discussão para defender o clube, é capaz de encontrar argumentos para defender esse Coritiba. A prosperidade que se vislumbrava com os sucessivos vices da Copa do Brasil e os namoros com a Libertadores foram pelo ralo juntamente com as ideias criativas que marcaram os primeiros momentos da gestão Vilson Ribeiro de Andrade.
O presidente que batia no peito e bradava aos quatro ventos o discurso da profissionalização do clube adotou em tempos recentes a cartilha dos velhos cartolas. O Alto da Glória virou um entra e sai de técnicos inexperientes com currículos apagados e de jogadores medianos com poucos recursos para fazer o Alviverde dar o sonhado passo a mais aguardado pela torcida. Combinação que termina em resultados pífios dentro de campo, com eliminações precoces na Copa do Brasil e o selo de coadjuvante estampado no escudo quando disputa o Brasileiro. Tudo isso tendo como pano de fundo cobranças fora do tom do principal dirigente, cartas abertas com reclamações dos jogadores e direitos de imagem atrasados, dando margem a ações na Justiça.
O último vexame foi o tropeço para o esforçado Maringá, a saída do Paranaense e o adeus ao quinto título regional consecutivo. Diagnóstico que fez o único craque do time, o veterano Alex, pensar seriamente na possibilidade de antecipar o fim da carreira. Desistiu, convencido, entre outros, por um grupo de dez boleiros amigos e pelo gerente de futebol Tcheco. Deu um passo atrás sem a certeza de que terá em dezembro um fechamento no mínimo honroso para uma carreira recheada de sucesso.
Neste momento, nada indica a Alex que seu último Nacional não será para livrar o Coritiba do rebaixamento, como fez com sucesso na temporada passada. Os reforços não encantam. A longa pré-temporada e os três primeiros meses do ano foram esvaziados com a demissão de Dado Cavalcanti. A pouco mais de duas semanas para o início do Nacional, a diretoria se debate em busca de um treinador para pôr a casa em ordem, ao menos dentro de campo. A margem de erro é curtíssima.
Coxa e Alex merecem muito mais. Vilson Ribeiro de Andrade tem tempo até a eleição do fim do ano para recuperar a fama de gestor competente e recolocar o clube nos trilhos. E trazer de volta o bom humor do meu amigo Szalbot, acabrunhado com o tropeço inesperado e com as brincadeiras do atleticano boa-praça Marcelo Babalu, outro cara que rende um bom papo. Mas isso eu deixo para outra coluna.
Vila Capanema
As primeiras notícias do Paraná após a eliminação no Estadual não são animadoras. Do pacotão de reforços (?) que desembarcou na Vila Capanema no começo do ano, muitos já arrumaram as malas. E os nomes comentados para a Série B não são alentadores. Destaques (?) do Rio Branco chancelados pelo principal apoiador tricolor, o empresário Marcos Amaral.
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