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Após o anticlímax do tão esperado Atletiba da ro­­dada derradeira do Bra­­sileirão 2011 – com o Atlético rebaixado e o Alviverde desperdiçando a vaga na Liber­­ta­­dores –, a garotada desenhava um reencontro e tanto. Se houve discussão em dezembro sobre a magnitude daquele embate, um possível confronto da dupla na decisão da Copa São Paulo seria, com certeza, o maior clássico da história das categorias da base dos clubes.

Mas os jovens representantes paranaenses foram arrasados nas semifinais do fim de semana. En­­quanto tentam entender como levaram juntos dez gols – seis impostos pelo Corinthians ao Atlé­­tico e quatro marcados pelo Fluminense no Coritiba – os me­­ninos veem a mídia nacional definir a final do torneio amanhã, às 10 horas, no Pacaembu, como o "duelo de gigantes". Golpe dolorido como as goleadas sofridas.

É, garotos, bem-vindos à província! A avassaladora campanha coxa e os eletrizantes jogos vencidos pelos rubro-negros na Co­­pi­­nha reduzidos a nada no cenário nacional.

O Atlético reclamou da peregrinação pelo interior paulista – 500 quilômetros –, enquanto o Ti­­mão­­­zinho não tinha tirados as chu­­teiras de Jaguariúna. O Coritiba também lembrou que a derrota veio após a quinta viagem.

Melhor as promessas se acostumarem cedo com a realidade coadjuvante do futebol do estado.

Como a seleção natural da bola deixará vários desses atletas pelo caminho e os times paranaenses não são habitués de decisões fora dos seus redutos, a primeira chance de brilhar em uma final nacional pode ter sido a última.

Isso mesmo com os herdeiros da dupla Atletiba desfrutando de uma estrutura de dar inveja nos co­­legas formados no famoso Ter­­rão do Corinthians.

Trabalho bom a ponto de al­­guns torcedores já esfregarem as mãos esperando a hora em que Thia­­go Primão, Luizinho e o goleiro Victor Brandão subirem os degraus do profissional do Cori­­tiba. Mesma expectativa dos atleticanos por Marcos Guilherme, Ros­­setto, Hernani, Taiberson e ou­­­­tros. Vão servir mais ainda se assimilarem o golpe e voltarem da Copinha "com a cabeça erguida", como prometeu o jovem alviverde Yago.

Lambança

O que é que deu no Paraná Clu­­be? Fora do Campeonato Para­­naen­­se, ali, meio sem nada para fazer no domingo, resolveu pu­­blicar uma nota oficial em seu site. Em um só desastroso texto indicou arrependimento de ter trucado alto demais contra o Atlé­­tico – contou que depois foi baixar a pedida pelo aluguel da Vi­­la Capanema e nem recebeu a resposta – e ainda criou uma in­­disposição totalmente desnecessária com o Coritiba.

O Alviverde pode até ter ne­­go­­ciado o Couto Pereira com o rival no Brasileiro, como dizia a nota no sítio paranista – apesar da revolta, o Coxa não negou isso em protesto dirigido ontem ao Tri­­color. E, se não acertou, pode acabar sendo obrigado a emprestar por causa do regulamento da CBF. Tá, mas o que o Paraná quis? Des­­viar o foco por não ter conseguido contribuir com o modesto orçamento do clube ou foi só lambança mesmo?

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