A torcida do Paraná (ou parte dela) elegeu esta Gazeta do Povo como ini­­miga na semana passada. Os fãs do Tricolor usaram sites, fóruns na internet, blogs e e-mails para demonstrar toda sua ira. Tudo porque o jornal retratou, entrevistando um dos principais dirigentes no organograma da Vila Capanema, a relação de dependência entre clube e empresários.

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Uma história antiga, de anos, muito pouco explorada em outros veículos, mas que dessa vez tirou o humor dos paranistas – alguns deles torcedores profissionais. Ou quase isso. Não vou ficar aqui defendendo o jornal de um erro que ele não cometeu. Não é o caso.

A questão é outra. Me deixa intrigado o fato de os tricolores não demonstrarem a mesma força para cobrar alguns vícios que acompanham o Tricolor há quase uma década. A começar, é lógico, por essa relação umbilical com os empresários, que já se mostrou infrutífera – vide os seguidos anos de lugar cativo na Segunda Divisão nacional.

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Não seria mais proveitoso se os furiosos e independentes, paranautas, paranistas e coisas do gênero se unissem para reivindicar um time mais confiável dentro de campo e verdadeiramente vinculado com o clube? E não adianta vir com as velhas desculpas de que o Paraná é perseguido em relação à divisão das cotas de tevê e também por nunca ter feito parte do extinto Clube dos 13. Já deu tempo para ser criativo.

Há solução. Vide os bons exemplos recentes de Figuei­­rense, América-MG, Atlético-GO e Portuguesa, como bem mostra na capa desta edição o repórter Cícero Bittencourt. Todos, de alguma forma ou de outra, chegaram ao paraíso tão desejado pelos tricolores desde o rebaixamento em 2007.

Existe a opção ainda de bater pa­­nela em frente à sede da Ave­­nida Kennedy para pedir explicações em relação à participação do presidente Aquilino Romani em uma sociedade com representantes de atletas, outra notícia trazida a público por esta Gazeta. Ou despender energia para apoiar o surgimento de uma nova liderança, alguém capaz de pôr fim à viciada dança das cadeiras no setor administrativo do Durival Britto.

Atitudes somadas que talvez tivessem livrado o time do rebaixamento à Divisão de Acesso no Estadual – o clube busca na Justiça Desportiva reverter o re­­sultado do campo.

Continha

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Enclausurado pela matemática, o Atlético se apega a uma conta simples – mas extremamente otimista – para salvar a temporada e se livrar do rebaixamento no Atletiba da última rodada do Na­­cional, no dia 4 de dezembro. In­­ter­­namente, se fala em vencer o Atlético-GO, domingo, e o São Paulo (16/11), ambos na Baixada, além de derrotar o América, provavelmente já rebaixado, em Minas Gerais (27/11). O Rubro-Negro chegaria ao duelo com o arquirrival com 40 pontos, a um triunfo da redenção.