A temporada regular da NBA, prevista para acabar dentro de um mês (26/4), começou cheia de expectativas para os quatro brasileiros. A esta altura do campeonato, o futuro próximo não parece tão brilhante para Nenê, Lean­­drinho, Anderson Varejão e Tiago Splitter.

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Os dois primeiros passam por uma inesperada fase de adaptação a suas novas equipes, trocados por seus antigos lares no fim do período de transferências. Os dois ganharam e perderam quase na mesma medida.

Um dos pivôs mais regulares da liga, Nenê era dono do garrafão do Denver Nuggets, uma franquia que briga para disputar os play­­offs. Antes de ser embrulhado para presente e ser encaminhado a força para o Washington Wi­­­zards, trocado por dois jogadores medianos (o também pivô Ronny Turiaf e o ala JaVale McGee), o brasileiro tinha 13,4 pontos de média e permanecia em quadra cerca de 29 minutos por partida.

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Enviado para um time café com leite na competição – segundo pior dos 30 concorrentes –, Nenê será no máximo destaque de uma equipe ridícula. Como peça importante do novo elenco, evidentemente já tem números melhores do que no Nuggets. Titular absoluto, vem jogando 32 minutos por partida e marcando 16,3 pontos por jogo.

Situação inversa tem sido enfrentada por Leandrinho. No modesto Toronto Raptors, o armador não era titular, apesar de ter garimpado um espaço bastante razoável – média de 22,5 mi­­nutos e 12,2 pontos. Era um reserva de confiança. Despachado para o Indiana Pacers, o brasileiro fi­­nalmente se viu no meio de um grupo capaz de brigar de igual para igual com os grandes. Só que vai passar mais tempo gritando com os companheiros do banco de reservas do que com a bola na mão. Em quatro duelos, desfilou 16,8 minutos em quadra e encestou somente 7,7 pontos por jogo – além de 1,5 assistência. Vai precisar acertar a mão para desbancar Darren Collison (10,6 pontos e 4,8 assistências por partida) e George Hill (9,8 pontos e 2,1 assistências).

O problema de Anderson Varejão é outro. O cabeludo, xodó da torcida do Cleveland Cavaliers, tem moral em casa, mas esbarrou em suas próprias limitações. Lesionado outra vez – na temporada passada quebrou-se antes, em janeiro –, está fora de ação desde a primeira quinzena de fevereiro.

Quando machucou o punho direito, vinha em alta, com 31,4 minutos de atuação por partida, 10,8 pontos e 11,5 rebotes. Na carreira, tinha números mais modestos: 25,1 minutos, 7,3 pontos e 7,2 rebotes de média. O Cavs, que tem mínimas chances de chegar à fase final, lamenta mesmo é não poder contar com a vibração do brasileiro em cada lance, capaz de mexer com os companheiros e de chamar o apoio da arquibancada.

No surpreendente San Antonio Spurs – vice-líder do Oeste –, Tiago Splitter vem crescendo de produção em seu segundo ano na liga. Com 20 minutos, tem marcado 9,2 pontos e arrecadado 5,1 rebotes. Falta ao pivô ser mais regular. Por enquanto, ainda sofre com muitos altos e baixos.

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