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Atlético e Paraná caminha­­ram, nesta temporada, lado a lado com a in­­com­­petência em gerir o futebol. Uma relação indigesta pa­­ra os dois. Do outro lado da moeda, em uma parceria de sucesso em 2011, estão o técnico Marcelo Oli­­veira e o Coritiba – que depende apenas de si para chegar à Copa Liberta­­dores. No entanto, o "casamento perfeito" que quero destacar na coluna é entre os pontos corri­dos e o Campeonato Brasilei­­ro.

Chegamos à última rodada da principal competição nacional e os dez jogos do próximo domingo tem o seu valor. Não tem essa de partida sem interesse. Todos vão lutar por alguma coisa, mesmo que seja por uma vaga na Copa Sul-Americana, muitas vezes ainda um problema em meio ao calendário nacional do segundo semestre. Para apimentar ainda mais a disputa, oito clássicos compõem o roteiro deste último ato do Brasileirão 2011.

Duvido que quem ainda carrega rancor com a fórmula – estereotipada, no começo, como "sem emoção" – não tenha se empolgado com os fatos do último fim de semana. Corinthians campeão até o fim da partida, no entanto um gol do Vasco mudou tudo. Na parte de baixo da tabela, um Atlético já rebaixado, até um gol improvável e salvador do zagueiro Daniel Marques pelo Ceará.

Foi praticamente impossível não dar um pulo do sofá, comemorar ou então lamentar em frente da televisão, à tela do computador ou com os ouvidos colados no rádio.

O formato da disputa se adequa muito bem a um campeonato que a cada ano se inicia com, pelo me­­nos, dez equipes com condição de brigar pelos primeiros lugares. Não à toa, na rodada derradeira, teremos dois times lutando pelo título, seis sonhando com a Liber­­tadores e três em busca da fuga do rebaixamento.

Pontos corridos e o Brasileirão, definitivamente, foram feitos um para o outro. E que venha o último domingo decisivo do ano.

Difícil de assistir

Deu desgosto ver a partida do Atlético diante do América-MG. Depois de duas boas atuações, contra São Paulo e Cruzeiro, o mínimo que se esperava era uma partida convincente contra o rebaixado Coelho. Porém, o que se viu foi uma das piores atuações rubro-negras no campeonato. O grande desafio de Antônio Lopes na semana do Atletiba será reanimar um grupo que ainda tem chances (pequenas) de escapar da Segunda Divisão, mas que saiu de Uberlân­­dia com espírito de rebaixado.

Já o Coritiba que não se empolgue muito com a situação do rival. O Alviverde tem o grande mérito de ter vencido cinco dos últimos seis jogos justamente na reta decisiva do campeonato, no entanto, nos duelos com Santos e Avaí – que não jogaram com os times principais – o futebol do Coxa ficou abaixo do potencial do time. No clássico da Arena da Baixada, será preciso deixar a preguiça de lado para conseguir a vaga na Libertadores que, pela segunda vez, se apresenta à equipe do Alto da Glória neste ano.

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