Não há segredo. A receita para que um clube conquiste mais torcedores é montar equipes competitivas, que disputem títulos. E títulos não geram impactos somente na administração do clube que os conquista. Também faz com que os concorrentes se atualizem, organizem-se para alcançar os mesmos feitos. Afinal, nenhum clube quer ficar atrás dos adversários.
Se em 2005 o Atlético tivesse conquistado a Libertadores na final contra o São Paulo, o Coritiba, quem sabe, ao invés de amargar os rebaixamentos de 2005 e 2009, não teria se estruturado logo na sequência para também tentar o título continental e não ficar atrás do rival. Em 2011, se o Coritiba tivesse conquistado a Copa do Brasil frente o Vasco, provavelmente o Atlético, ao invés de passar o Campeonato Brasileiro lutando contra o rebaixamento que veio, não teria se visto obrigado a reforçar o time para o Nacional e atenuar um pouco a conquista do adversário.
Títulos trazem concorrência. E concorrência obriga as equipes a se reforçarem de verdade, não somente para o Paranaense, mas para conquistas maiores, conquistas de fato. Foi assim com os times gaúchos, que todos adoram dizer que são unidos em prol do futebol do Rio Grande do Sul. Perdoem-me, meus caros, mas as torcidas de Grêmio e Internacional crescem porque estão sempre disputando títulos de relevância, não porque tenham um acordo tácito para se unirem quando a coisa aperta.
Ou seja, lá acontece exatamente o que não temos visto no futebol paranaense.
Com todo o respeito que o presidente alviverde Vilson Ribeiro de Andrade merece, mas essa campanha Amo minha terra, torço pelo meu estado, que pretende fazer com que mais torcedores paranaenses torçam pelos times daqui, tende a não dar em nada.
Torcedor não se emociona com campanha publicitária pedindo para exaltar as coisas do estado. Torcedor se emociona com títulos, conquistas. E pelo que vimos no último Atletiba, aquele que teria tudo para ser o maior da história pelas circunstâncias e que no fim se tornou um confronto de duas equipes medrosas, estamos bem longe de ver os clubes paranaenses fomentarem suas torcidas.
Polícia
Quem frequenta estádios de futebol sabe bem que na hora da confusão a Polícia Militar não distingue se você é uma pessoa do bem ou do mal. Senta a borracha em quem estiver na frente, tenha você participação na encrenca ou não.
Não acredito que a Polícia Militar não tenha tido motivo para interceder em algo errado que acontecia no bloco carnavalesco Garibaldis e Sacis, no Largo da Ordem, no último domingo.
Assim como também não acredito que todos os machucados na ocasião mereciam realmente tal tratamento. Há de se ter mais preparo.
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