Pois é... E mais uma vez os três maiorais do futebol paranaense viraram as costas uns aos outros num esforço estúpido e sistemático para se manterem do tamanho de um dedal – ou seria da cabeça do alfinete? O último capítulo das frequentes birras e desentendimentos impediu que os clássicos do Estadual em curso fossem realizados no Couto Pereira – uma boa ideia, enfim, da Éfepeéfe, sob o comando de Hélio Cury.

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Só mais uma para entrar no rol de estultices protagonizadas pelos dirigentes de Coritiba, Atlético e Paraná Clube. Claro, depois de sentarem à mesa para uma negociação sem acordo, jogaram a culpa uns nos outros, como de costume – ad eternum.

– Tu culpa! – Tuyo! – Es tuyo!

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Para quem está chegando agora de férias, um resuminho do perereco: a Éfepeéfe sugeriu ao trio da bola que fizesse todos os jogos envolvendo os três no Couto, em razão da falta de estádio mais adequado para estes jogos, os mais importantes do Paranaense, por supuesto.

Mais conforto e segurança, pois. (Arena ainda no esqueleto; a Vila, simpaticíssima, mas inferior ao Couto nos quesitos levantados.)

Puxa e empurra nas conversas, quase tudo acertado, sua torcida ali, a minha aqui, e o Coxa resolveu que seus sócios não pagariam ingressos mesmo quando visitantes no Couto. Foi o ponto nevrálgico do furdúncio e o bochincho foi feito.

Assim, o "Dérbi da Rebouças" (copirraite de Léo Mendes Jr.), primeiro clássico do Estadual, será perneado amanhã no Ecoestádio Janguito mesmo.

Ao invés de umas 20, 30 mil pessoas para assistir ao jogo no Couto, teremos umas 10 mil, contando com os vendedores de cerveja e pipoca que ambulam por ali. Uma pena.

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Com a negativa de um acordo entre os três, o mesmo L.M.Jr., citado acima, desabafou em seu blog aquartelado na Gazeta Online, revelando que quando morou fora de Curitiba teve a dimensão exata de como o futebol paranaense é visto lá fora, sobretudo no eixo Rio-São Paulo. Ele garante que na visão do centrão, o futebol da Bahia, Pernambuco e até de Santa Catarina são mais considerados do que o nosso.

Então ficamos assim: somos amesquinhados não por culpa de Coxa, Atlético ou o Paraná Clube, isoladamente, mas sim pela mentalidade dos cabeças do nosso futebol, cujos cérebros seriam da dimensão do Janguito, como sugeriu ainda L.M.Jr, sendo bondoso.

Acho que cabeças de alfinete estaria de bom tamanho. O que é bom apenas para segurar as bainhas mal cosidas de nossas roupas rotas.