Estranho este episódio envolvendo definição de estádio para o Atlé­­tico jogar suas partidas pelo Estadual. Usar de artifício de algum texto (cuidado aí!) da Federação Tingui de Futebol para forçar o Coxa a alugar, por trinta mil, sua casa para o ad­­versário da Baixada, foi uma ma­­nobra que causaria inveja a Kim Il-sung, se estivesse vivo. Burlesco.

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Sobre o assunto, me ligou on­­tem tio Wal, atleticano de oito costados – pelos dois avós e os dois bisavós paternos e os dois avós e os dois bisavós maternos –, e recém separado, morando ora aqui, ora ali:

– Que presepada essa do Atlético forçar para jogar no Couto, hein? Seria o mesmo que eu entrasse com uma ação para você me alugar aquele seu quartinho de empregada que uso de vez em quando.

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– Nem tente – respondi de chapa.

E, na cara dura, a parceira do Furacão na farofada, a FPF, ainda tenta suspender a liminar que garante ao Alviverde fazer o que bem entender com seu imóvel.

– E o Paranito meteu o be­­delho onde não devia e se deu mal. A Vila Capanema seria uma boa alternativa de teto para os rubro-negros. Por conta do diz-que-diz e orgulhos feridos, nem isso teremos mais – continuou tio Wal.

– Vai jogar no Ecoestádio Janguito, tá sabendo? – perguntei-lhe.

– Sim, fiquei a par. O Atlé­­tico, com esta bruega toda, acabou arranjando só um quartinho de empregada.

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Tudo indica que o Iraty, aquele que fingiu não ir, mas acabou indo, levará mais uma muxinga, a terceira, neste início de Estadual. Vai até o desejado Couto enfrentar o proprietário, pela terceira rodada, ho­­je à tardinha, às cinco. Sá­­ba­­do é um bom dia para ir a estádio assistir futebol, além de comer feijoada e ler caderno esportivo.

Único jogo da rodada, o Coxa poderá ir para a cama na liderança, salvo se listras ze­­bra­das forem pintadas no Cou­to, hoje ocupada pelo bom ti­­me do Cianorte, campeão do in­­terior no Estadual 2011. Ri­­go­­rosamente iguais na tabela, o Leão do Vale lidera pelo critério de "desempate alfabético" com o Coritiba. "Ci" vem antes de "Co".

Alguns jogadores de futebol não têm o menor pudor de chorar diante de todo mundo. Deve ser a classe profissional mais chorona do planeta.

Ontem foi a vez de Vágner Lo­­ve verter lágrimas em sua apresentação ao Flamengo. Love não chorou porque o time da Gávea certamente não vai pagar em dia seu alto salário – dizem até que Ronaldinho Gaúcho vai cuidar de seu holerite.

Chorou porque não conteve a emoção de jogar em seu time de coração, o que é justo. Mas chorou porque cai bem em jo­­gador de futebol.

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Imaginem Cristóvão Tezza, recebendo mais algum prêmio por seus ótimos romances, chorando enquanto segura seu galardão? É, não pega bem...