A água no chope preparado para a comemoração do título da Co­pa do Brasil ainda não foi totalmente digerida por aqueles que vestem camisa alviverde – ou mesmo por simpatizantes do futebol tingui. Nem pelos torcedores e muito menos pelos jogadores; estes últimos se ressentiram ainda mais pelo frustrante epílogo do torneio – a derrota por 3 a 1 para o mediano time do Botafogo foi sintomático.

CARREGANDO :)

Para retomar a confiança de beber um chope gelado e bem tirado, sem água, é necessário que o bom e educado Marcelo Oliveira, junto aos eficientes cactus do Alto da Glória, vençam seus jogos, com urgência urgentíssima, a começar pelo time do "fessor" Paulo Roberto Falcão – às turras com um cronista esportivo de Porto Alegre, veja só.

A perda da Copa do Brasil está no passado. Agora é deixar de conjugar a vida no pretérito imperfeito (se eu vencesse...) e usar apenas o futuro do presente (vencerei). "Venceremos as novas dificuldades que na­­turalmente virão", deve ser a ordem do dia, de qualquer dia, ao longo do longo Bra­­si­­leirão.

Publicidade

São 34 rodadas no horizonte. À frente, apenas uma única boa terra à vista para ser conquistada a prazo: título ou Li­­bertadores. Se não espetar sua âncora neste porto alegre, só restará manter o barco flutuando, segurando o leme firme, longe dos abrolhos do rebaixamento e com uma caixa de anti-histamínico no bolso.

Isso serve de referência para o Atlético, per supuesto. Je­­juando desde o início do Bra­­sileirão – ou seria do ano? – vai tentar algo para palitar os dentes em Floripa. O Fi­­gueira vem se mostrando carne dura, de pescoço; venceu as duas em casa e só perdeu pro líder São Paulo, no Morumbi, aos 47 do segundo tempo, na estreia da camisa rosa de Ro­­gério Ceni.

Um empatinho com os catarinenses não mataria a fome, mas estenderia a sobrevida de Adílson Batista.

Bom é que temos três times na capital. Dificilmente os três, juntos, estarão de mal a pior. Um sempre se safa. No momento, o Paraná Clube vem enchendo nossos olhos. Entra no estádio dos Aflitos, hoje à tarde, contra o Náutico, com três pontos no bolso e a liderança dividida mezzo a mezzo com a Macaca de Campinas, ambos com 10 belos e cheirosos pontos.

O time da Vila Capanema fez sua melhor partida da Série B no Serra Dourada (3 a 0 no Goiás), muito por conta de seu meio de campo, que não deu espaço para o adversário se­­quer bater lateral.

Publicidade

Roberto Fon­­­­seca, novo candidato a técnico revelação da Vila Capane­­ma, deve manter a mesma pe­­gada de seus pupilos. A exemplo do Atlético, se trouxer um pontinho para Curitiba, ninguém vai reclamar.

Ando com pressentimento de que El Paranito retoma sua cadeira na sala principal do fu­­tebol brasileiro ainda neste ano. Também estou com palpite de que acerto a mega deste sábado, ainda que este pressentimento tenha bem menos vi­­gor do que o anterior.