Teremos, pois, mais de um mês de intervalo no futebol brasileiro para assistir o futebol do Brasil, da seleção do Brasil – e mais 31 escretes nacionais. Um período oportuno para o Atlé­­tico, mais especificamente para Carpegiani arrumar melhor o guarda-roupas.

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Um fôlego para organizar a casa revirada num amontoado de dúvidas quanto à participação na elite do Brasileirão. Não poderia ser melhor para os la­­dos do CT do Caju estes comerciais. Ao contrário do Rubro-negro, para Coritiba e Paraná a parada será como estar num banho quente e alguém ligar uma outra torneira da água aquecida. O esfriamento é sentido imediatamente, num anticlímax arrepiante.

Embalados na Segundona, com o Tricolor liderando e o Al­­­vi­­verde gozando de uma confortável poltrona na terceira fila, o intervalo significará um cabresto indesejável no trote que vinha vigoroso.

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Mas trata-se de uma Copa do Mundo. E todo mundo – ou quase – se mobiliza por ela. Um evento de fechar o quarteirão, aliás, os quatro cantos do mundo.

Depois dos dois experimentos exóticos – contra Zim­­bábue e Tanzânia –, o Brasil de Dunga só vestirá novamente a he­­roica e pentacampeã roupagem em sua es­­treia daqui a uma semana, diante na irrequieta Co­­reia do Norte – eles vêm checando se não há terroristas até dentro das chuteiras.

Tenho dito que Dunga é a Dil­­ma de Ricardo Teixeira. A escolhida pelo presidente Lula a sucedê-lo nunca concorreu a um cargo eletivo; nunca frequentou uma bancada política pelo voto; não se submeteu a um escrutínio nem para sín­­dico; e, no entanto, poderá to­­mar de assalto o trono do poder político máximo do país – não se está questionando aqui sua competência para o cargo.

Dunga foi convidado para técnico tampão por Ricardo Teixeira. O plano não era o ex-volante dar certo. Deu tudo errado e ele está aí ainda, na iminência de um não pouco provável hexacampeonato mundial. É aquilo: se as coisas po­­dem dar errado, elas darão mesmo errado. E, no caso de Dunga trazer o título mundial, seria a comprovação irrefutável de que deu tudo errado.

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