Os morubixabas do Cori­­tiba deram demonstrações em seus últimos gestos de que estão um tanto fora de sintonia com a torcida coxa-branca. Depois que fãs alviverdes foram levar seu apoio no embarque do escrete coxa rumo a Belo Horizonte, na última sexta-feira, foi a vez de os caciques do Alto da Glória se manifestarem, agora no desembarque, no mesmo Aeroporto Afonso Pena: pediram à polícia militar para protegê-los dos mesmos fãs, com medo de uma imaginária vindita por conta do fiasco no Mineirão. Não apareceu vivalma alviverde por lá para protestar.

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Nenhum torcedor coxa minimamente lúcido acreditava em vitória contra um Cruzeiro se debatendo por uma das vagas à Libertadores. Claro que não precisava ser uma derrota como foi, com o Coxa iludindo e abrindo o placar para depois voltar para casa com mais quatro bolas em suas redes, conquista de uma zaga parecendo mais preocupada onde passar Natal e Ano Novo do que defender seu gol do ataque insistente dos mineiros.

E ontem veio a notícia de que a chefia do Couto resolveu baixar os ingressos a cincão para as arquibancadas, para lotar o estádio no jogo concludente com o Fluminense, talvez por receio de que a torcida não compareça ao estádio, como não foi ao aeroporto (!).

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A torcida irá lotar o Couto de qualquer maneira, com ingresso promocional ou não. Até porque a expectativa daquele torcedor sensato e realista já citado acima é esta: conhecedor do desempenho do time dentro e fora de casa du­­rante todo o Brasileirão, tendo Vila Belmiro e Mineirão nas rodadas 36 e 37, só lhe restaria apostar todas as fichas na última partida, em casa, onde o time joga no grito.

Mas claro que pagar menos por algo que já estava na cesta de compras é sempre bem-vindo.

Agora é fazer, diante do Flu­­minense, o que seu rival Atlético já fez na Arena, contra o Botafogo. É im-pres-cin-dí-vel, no ano dos 100 de existência, não retornar à Segunda Divisão, depois de apenas duas temporadas saboreando a elite da bola, seu ambiente mais adequado.

Fred e cia., sensações da reta final do BR-09 contra a guilhotina, só precisam de um empate e nada mais. Se der isso, o Verdão de cá precisará do socorro do Verdão paulista. Um empate entre Botafogo e Palmeiras, no Rio, livraria o pescoço coxa-branca.

Talvez por precaução, seja prudente o torcedor ir ao Alto da Gló­­ria vestindo a camisa do Palmeiras por baixo da sua. E gritar Verdão no plural:

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- Verdões, ê-ôôô!

Mas nada melhor do que jogar bola de verdade, sem radinho no ouvido; vencer o Flu e que tudo mais vá pro inferno.

P.s.: Não, não esqueci o Santo André. Porém, alguém acredita numa vitória dele no Beira-Rio, com o Inter ainda disputando título, ainda que o rival do Flamengo seja o Grêmio?