Pois é... depois da goleada sofrida do então vice-lanterna Ipatinga em 5 a 1, o Coxa não é mais o mesmo. De­­sandou o bolo do acesso no forno. Três derrotas consecutivas e está agora pendurado na última vaga do G4.

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O que aconteceu? Estão dizendo por aí que é grana. O Alviverde não estaria cumprindo contrato de pagamento de imagem aos atletas. Os salários estariam em dia – estão? Bem, o fato é que o poder de fogo do time do Alto da Glória, que ha­­via, antes destas três derrotas, perdido apenas a primeira partida da Série B, contra o Náutico, no Recife, se esgotou. Virou traque.

Pega hoje o Icasa em casa, digo, em Joinville, pela 18.ª rodada – a penúltima no 1.º turno. O Icasa anda perigoso. Arrancou a Ponte Preta do G4 num convincente 2 a 0, em Juazeiro do Norte.

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A pressão por vitória Coxa será proporcional ao constrangimento que a torcida anda sentindo com a inesperada e mal vinda bancarrota. Escutei no rádio Ney Franco falando sobre os últimos soçobros. Gaguejava bastante, mais do que o normal. Não teria condições de cantar seu hit "Na Beira do Caos" naquelas condições. Play it again, Ney: "Ta-ta-ta-va na-na be-be-beira do-do ca-ca-caos...".

Que maldade... como músico Ney é um ótimo técnico de futebol. E como técnico merecia sorte melhor. E curioso que esta "piração total" sofrida pelo seu time teve início justamente com o Ipatinga, clube que o inventou como técnico de futebol e o fez enfiar a viola no saco. Toca só em churrascos com amigos.

Esperemos que hoje ele saque novamente sua viola para cantar a vitória, com seu time fazendo um backing vocal: "O pesadelo já passou, ôuôuu; E o sonho agora é bom, ôuôuu...".

A vizinhança da Arena da Baixada anda em polvorosa. Em matéria oportuna da editoria de Esporte, publicada neste domingo, com reportagem de Marcos "Henrique" Xavier Vicente – o Marquito, ou Marcão, ou "Kito" –, retirou debaixo do tapete um assunto que até então vinha sendo negligenciado: as desapropriações que deverão ser feitas para as obras da Arena.

Aquilo será um rolo tão grande quanto à epopeia na busca por dinheiro legal a ser aplicado ali. O valor venal que será oferecido não deverá ser muito maior do que 1/3 do valor de mercado. Ações judiciais baterão folhas até o esgotamento, pousando, muito provável, nas salas do STF.

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Será um torneio indigesto, com duração de uns cinco, dez anos, até se saber os vencedores – se é que vai haver algum.

Nada como uma solução como a arranjada em São Paulo, quando escantearam o intrincado Morum­­bi e construirão um estádio novinho para uso do centenário Corin­thians. Um presente de aniversário e tanto. Com dinheiro público, limpinho, sem enrosco.

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