Renato "Giacomo" Por­­ta­­luppi entrou no Atlé­­tico pela porta da frente e saiu pela dos fundos. Alegou que a saída re­­pentina e inesperada teria sido para resolver problemas particulares. Ora, pois, e que problema particular de Renato seria mais importante do que cumprir a promessa que fez ao vir ao CAP, de que tiraria o time da maldita zona de rebaixamento? Como profissional que deseja ser, não teria nada mais relevante do que isso.

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Deu uma entrevista coletiva on­­de disse nada vezes nada. A conversa mole de sempre, já um padrão de boleiros, sobretudo ele, mestre no assunto. Aos microfones usou uma expressão cínica no rosto, de quem estaria sofrendo ao comunicar o desligamento. Tudo lorota, encenação. Por dentro ele deveria estar gargalhando, como diria Jô Soares.

Renato fez o que quis do Atlé­­tico, titereou com todos, passou por cima de tudo. Fez do clube um brinquedinho e partiu com os bolsos cheios e uma conta ainda a ser paga pelo Atlético. A do próprio Gaú­­cho e a pior delas, tentar sair do G4 maldito. E para isso o CAP recorreu novamente a outro "carioca", o "delegado" Antônio Lopes. Vem do América-MG, lanterna absoluto do Brasileirão, de onde pediu demissão depois de apenas quatro jogos.

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Os torcedores rivais, claro, não perderam a oportunidade de tirar mais uma onda com a vinda de Lopes, que teria sido promovido pelo Rubro-Negro, trocando a lanterna por uma posição acima na tabela. Delegado Lopes livrou o Atlético do rebaixamento em 2009; em 2010 foi demitido pela mesma diretoria por bilhetinho, sacou sua língua do coldre e disparou para todo lado, dizendo que havia conspiração contra ele, capitaneado por Leandro "Nihil", hoje fora do CAP.

O fato é que a torcida, depois de saber da vinda de Lopes, largou os betes. Já vem considerando a possibilidade de fazer companhia ao Pa­­­raná, se este não conseguir subir neste ano, o que também é uma incógnita pelos lados da Vila. Seria interessante os dois jogarem juntos na mesma divisão. Na Série A, por supuesto.

Dizem ainda que o que vem ocorrendo com o Atlético teria sido praga de Geninho, que também foi demitido inesperadamente por bilhetinho, para dar lugar a Adil­­son Batista, depois de dez jogos e apenas uma derrota.

No CT do Caju deve ter sido instalada uma porta basculante para dar conta de todo este entra e sai de técnicos no clube.

Coisas do futebol, onde acontecem mais coisas entre um CT e um estádio lotado do que a vã crônica esportiva possa imaginar.

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Hoje o Paraná enfrenta a líder Portuguesa no Canindé. "Fessor" Fonseca fechou os treinos para não dar dicas ao adversário de como e com quais jogadores vai entrar em campo. Mistério mesmo é se vai superar o melhor time da Série B e ingressar novamente no G4. Esta seria a me­­lhor surpresa para os sofridos e desconfiados torcedores da Vila Capanema.