Se o leitor tivesse de lutar para não morrer ou lutar por um prêmio, em qual situação iria brigar mais? Suponho que seja para não morrer, pois trata-se de uma condição mais urgente do que uma gratificação.
No próximo compromisso do Coxa, domingo, contra o Cruzeiro, no Mineirão, o Alviverde irá arrostar-se para ainda existir na elite do futebol brasileiro. A Raposa para alcançar um nobre regalo, que é a Libertadores.
Assim, espera-se que o Alviverde seja mais aguerrido do que a trupe mineira. Como deveria ter sido contra o Santos, na Vila Belmiro, mas o que se viu foi um grupo frouxo, contando apenas com as defesas do goleiro Vanderlei, que mesmo assim não conseguiu evitar quatro dos inúmeros disparos contra suas redes.
Depois que o Peixe fez 2 a 0, já dava para prever o massacre. 4 a 0 foi o melhor que Vanderlei conseguiu fazer; poderia ter sido mais, talvez uns 6 a 0. Por onde andava Marcelinho Paraíba? Onde estava o time? Por que só jogou Vanderlei?
Não tem como o torcedor sentir alguma animação para comemorar seu centenário com o time à beira do caos, à beira do mal, numa piração total (vide canção de Ney Franco).
Ainda assim, 500 abnegados alviverdes pegaram um trem até Ponta Grossa para assistir ao amistoso que reviveu o jogo inaugural da vida coritibana, contra o Operário, no último sábado.
Numa cena curiosa e emblemática, relatada em reportagem de Fernando Rudnick, quando o trem entrou por um túnel a escuridão tomou conta dos vagões. Para quebrar o gelo, a torcida então soltou a voz numa cantoria animada: "Coxa! Coxa! Verdão, ê, ô!", até que a luz no fim do túnel se revelasse.
A duas rodadas para o fim do Brasileirão e com dois jogos dificílimos pela frente, a imagem que fica é essa mesmo: o time do Coxa dentro deste trem, mergulhado no escuro de um túnel.
A luz possível ao fim dele deve vir só na última rodada, contra o Fluminense, com a torcida lotando o trem Couto, numa partida que deverá ser absurdamente dramática (antes o Flu tem uma baba no Maracanã, contra o Vitória, que já se livrou do problema ZR e não deve resistir ao charme de Fred e cia.).
Ao Atlético cabe resolver seu assunto já na próxima e penúltima rodada, contra o Botafogo, na Arena, onde deixou escapar a oportunidade contra o Cruzeiro. Galatto tem de aprender a sair do gol, socar a bola para frente, não para trás, como no lance que resultou em escanteio e cabeçada fulminante do zagueiro mineiro Leonardo Silva, de 1,92 m, empatando por 1 a 1, no final do jogo.
O CAP não pode esperar pela última rodada para vencer, contra o inócuo e chato Barueri, do artilheiro Val Baiano. Se for para lá também precisando de uma luz no fim do túnel, poderá encontrar o fim da linha.
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