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Nada mais justo. Nada mais folgado. O Coxa é campeão com justiça. E ganhou seu 34.º título com folga. Não muita, pois o Atlé­­tico não desgrudou. Valorizou ainda mais o triunfo Alviverde. E como! Com três décadas sem isso acontecer, já era nostalgia um título em casa sobre o Atlético, o adversário que mais ama de paixão vencer. E vencendo nestas condições – título! –, vale guardar o ingresso para toda a vida.

E merecia. Desde o início do Cam­­peonato Paranaense fez por merecer. Primeiro porque encarou o exílio forçado com naturalidade. "Mandou" cinco jogos fora de casa. Longe de seus domínios, o Coxa não foi de mal a pior, como muitos apostavam.

"Pobre sem-teto. Rebaixado e sem casa", diziam as línguas de trapo e viperinas. "Será rebaixado até no Estadual", diziam outros linguareiros que, vimos agora, bateram com os dentes.

Como emigrante, foram três jogos na Vila Capanema e dois no Caranguejão, em Paranaguá. Venceu quatro e perdeu só uma, justo para outro adversário que ama de paixão ganhar, o Paraná. Único senão em todo o torneio.

Mas isso em 19 jogos! Dá um desconto. Falta o último, contra o Cascavel. E o campeão não deve permitir que a Cobra morda sua faixa, novinha em folha. Além do que, El Toro Ariel, vice-artilheiro, também quer a ponta neste quesito também.

O atleticano Bruno Mineiro tem 11 bolas na rede. O portenho do Alto da Glória um a menos. Bruno Mineiro joga contra o Iraty? Talvez, se o CAP perder a vaga às quartas de final para o Palmeiras da Copa do Brasil. Daí não teria outra coisa a fazer mesmo.

A artilharia seria um pequeno alento para mitigar as dores do extravio do desejado bicampeonato rubro-negro. Porém, passando pelo Porco, que se dane a artilharia; que fique com o Ariel, por supuesto.

Juntando a fase classificatória e o octogonal, foram nada menos que 14 vitórias, 4 empates e apenas o revés com Paranito. 48 pontos e um saldo de 27 gols – se Ariel for atrás dos gols que ainda deseja, o Alviverde pode passar a régua no PR-10 com 51 pontos históricos.

O Estadual é passado – e es­­pe­­ro que para o PR-11 escrevam um regulamento e depois leiam, antes de homologar. Serie B é o futuro, já bem pertinho, logo ali, 8 de maio, contra o Náutico, no Aflitos. É turbinar ainda mais o time e subir de prima, como quer o Coxa. E tem, hoje, time para isso, ah, tem – o que é este Geraldo? Depois que ele entrou no jogo, aí sim não deu mais para piscar. Um jogão.

Dez mandos em Joinville. Mas com a experiência bem-sucedida no Estadual como retirante, não deverá ser tão ruim assim – além do que lá tem todo tipo de cerveja que se possa imaginar. E beber. Prost! Ao Atlético só resta levantar, sa­­cudir a areia – e como tinha areia no gramado do Couto! – e dar a volta por cima, já contra o Palmeiras, amanhã, na Arena. Parabéns, Coxa! Dá-lhe, Furacão!

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