Sempre gostei do caráter democrático e folclórico da Copa do Brasil, que tem sua edição 2013 ainda maior, com mais participantes: 86 cabeças, contra 64 do ano passado. Já chamei este torneio, aqui e ali, de "Copa Democrática do Brasil". Li que Luiz Felipão Scolari – "scolado" em Copa do Brasil com quatro títulos – gostou do aumento de clubes, dizendo que acha este campeonato o mais democrático do país. Bingo! Nós também, Luizão.

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Com a Copa inflada, teremos cinco enviados especiais à batalha mata-mata. Coxa, Atlético, Paraná, Cianorte e Arapongas. Furacão e Cianorte foram os primeiros a estrear e largamos com 100% de aproveitamento.

Em seguida será a vez do Arapongão receber o São Caetano e o Tricolor ir ao ABC paulista dar com um São Bernardo de degenerados, cheio de ex-paranistas e um ex-atleticano. O Coxa, atual bi-vice do torneio – isso ainda deve corroer o estômago da arquibancada –, tinha, por causa de cabeçada da CBF, o CSP-PB como oponente, coisa que o STJD reparou, acomodando o Sousa – outro paraibano – na vaga. Os dois só irão confrontar a macheza dia 17.

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Dos nossos cinco prepostos, talvez o Coxa foi o que teve mais sorte em sua chave (digo "talvez" porque em futebol não há certeza de nada, ainda que os jogadores adorem usar, em entrevistas, o noto "com certeza"). O Alviverde deve ter trabalho apenas na 3.ª fase, quando possivelmente terá de derrubar a Macaca da árvore, hoje plantada na Série A. Nas oitavas, precisará da mesma sorte – ou mais – para cair em um entroncamento interessante, já que entrarão na patuscada mais cinco times de Primeira Divisão e um da Segunda, mas com pedigree de Primeira, o Palmeiras.

A chave do Atlético também não é nenhum bicho feio. Deve ficar com um olho no jogo da volta com o Brasil de Pelotas e o outro mirando o América-RN e a Portuguesa, colega de acesso. Possivelmente serão seus adversários na 2.ª e 3.ª fases. Já o Paraná tem no bolso uma chave difícil. Superando o São Bernardo, teria pela frente, com o mesmo "talvez" ali de cima, dois times que estão se preparando para jogar a Série A deste ano, Criciúma e Vitória.

Bem, mesmo sendo ainda mais democrática em termos de participantes, a nova Copa do Brasil está mais difícil. Todos os times da elite – e isso inclui Coxa e Atlético – estão, ou estarão, nela. Chegar a uma final, como fez o Coxa em 2011 e 2012, será bem menos exequível. Os próprios coxas-brancas admitem que o cavalo já passou duas vezes e não foi montado; e que dificilmente ele passará de novo.

Continuo achando que o vice-campeão da Copa do Brasil deveria ganhar pelo menos vaga na pré-Libertadores, sobretudo agora. É muita pernada para chegar tão perto e nada.

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