Dos times considerados favoritos antes do início do Brasileiro, só o Palmeiras tem atuado bem.

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Após tantas vitórias, Jorginho passou de treinador para segundo auxiliar. O primeiro é Tata, que trabalha com Muricy há muitos anos.

Se Muricy tivesse feito a mudança tática no domingo, quando Jorginho escalou um terceiro volante no lugar de um atacante, diriam, no mínimo, que o técnico ganhou o jogo, que deu um nó tático em Mano Menezes.

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Se saírem Diego Souza e Cleiton Xavier, o Palmeiras, com Jorginho ou Muricy, com dois ou três volantes, no esquema tático que quiser, será um time igual a tantos e pior que outros.

Diego Souza, individualmente, é o mais brilhante. Cleiton Xavier é o mais importante para o conjunto. Ele se movimenta por todo o campo, marca, passa, cruza e finaliza. Tudo com muita eficiência. Muricy terá no Palmeiras um cobrador de faltas e escanteios quase ou tão bom quanto Jorge Wagner, porém muito melhor com a bola em movimento.

O Inter, outro candidato ao título, só está no quarto lugar porque somou muitos pontos no início, quando jogava com os reservas. Os chamados craques entraram e o time piorou. E ainda perdeu Nilmar. Apesar de negarem, os dirigentes do Inter devem hoje se lamentar pela chance que tiveram e não aproveitaram para contratar Muricy.

Corinthians, São Paulo, Fla­mengo, Cruzeiro e Grêmio, por motivos variados, têm jogado muito menos do que podem.

O Corinthians, do futebol bonito, organizado e eficiente, não existe mais. Além disso, já está com o burro na sombra, com a vaga garantida na Libertadores, sonho de todas as equipes. Para melhorar, antes de tudo, não dá para jogar com um zagueiro na lateral es­­querda.

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O São Paulo começa a evoluir e a tocar mais a bola, como quer Ricardo Gomes. Hernanes e Jorge Wágner jogaram bem contra o Barueri. O time só vai crescer se os dois recuperarem a forma. Não será com Richarlyson, Eduardo Costa e Zé Luís.

O Flamengo voltou a vencer. Por ser uma pessoa serena, simples, não gritar, não ter pose nem prepotência, o interino Andrade é tratado como se não tivesse perfil de treinador. É a sociedade das aparências.

Atlético e Vitória formaram bons conjuntos e aproveitaram dos momentos ruins dos mais fortes. Leão não pode mais contar vantagem de que, com ele, Diego Tardelli joga muito bem. Sob o comando de Celso Roth, ele está muito melhor.

Torço para Carpegiani, técnico do Vitória, terceiro colocado. Há muito tempo que Carpegiani não dirigia uma equipe. Ele teve grandes momentos como treinador, na seleção do Paraguai e no Flamengo, campeão do mundo.

Carpegiani é um técnico inovador, irrequieto. Como Adilson Batista, teve seus momentos de Professor Pardal. Essa fase de descobertas é importante para se tornar um ótimo profissional, desde que a pessoa aprenda bem as coisas básicas.

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Para ser um craque, em qualquer atividade, além de conhecimentos técnicos e de qualidade emocionais, é preciso conhecer e fazer bem as coisas básicas, comuns e essenciais. Aprender primeiro a regra e depois a exceção.