Como todos os jogos, fora de casa, pela Liber­­ta­­dores, são difíceis, mesmo contra fracas equipes, os times brasileiros precisam ganhar todas as partidas em casa. Ontem, o Inter enfrentaria o Emelec, do Equador, em Porto Alegre.

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Hoje, enfim, conheceremos o misterioso time titular do Cori­­n­­thians. Falta somente Da­­nilo. Provavelmente, ele jogaria pela esquerda. Ali é seu lugar, e não na função que era de Douglas. No São Paulo, Danilo nunca foi um meia de ligação, como insistem em dizer. Ele era um terceiro atacante, que voltava para marcar, pela esquerda.

O São Paulo continua confuso. Ricardo Gomes gosta de atuar com dois zagueiros, e o time joga com três. Decidiu formar duas linhas de quatro e põe três za­­gueiros. Cicinho é escalado de ala e, na prática, atua de lateral. Jorge Vágner é escalado de lateral e atua mais de ala.

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Cruzeiro jogou pior e venceu o Atlético. O Galo criou mais chances de gol, mas não soube finalizar. Roger entrou no final e mostrou seu talento. Essa é a diferença. Enquanto o Cruzeiro contrata Roger, um ótimo reforço, o Atlético traz Fabiano, Obina e Zé Luís, todos indicados pelo "emérito professor" Luxem­­burgo.

A ausência de Petkovic, ou sua presença fora de forma, enfraquece o Flamengo, mesmo com o reforço de Vágner Love. Neste ano, a defesa piorou por causa das ausências de Mal­­do­­nado, Aírton e Zé Roberto, que voltava para marcar, pela es­­querda.

Espero que os times brasileiros procurem jogar futebol e, fora de casa, não se limitem a marcar, dar chutões, ser guerreiro e dar pontapés, com a alegação de que é assim que se joga a Libertadores.

Quando critico vários jogadores e equipes, não é porque vi grandes times e craques ou porque acho que, no passado, tudo era melhor. O futebol mudou. Sei muito bem disso. Em outras épocas, havia também muitos atletas e times medíocres. Hoje, quando vejo bons jogos e excelentes jogadores, não deixo de elogiar.

Critico a falta de conhecimento (conhecimento não é apenas informação), de senso crítico, de compromisso com a qualidade do jogo, o conformismo com a mediocridade e as explicações de que, hoje, o futebol é diferente e que não dá para jogar bem, bonito e com eficiência.

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Conversa fiada

Após a demissão de Muricy, um comentarista do SporTV disse que a culpa é sempre do mordomo. No caso, é o contrário. Como os técnicos são poderosos e ganham fortunas, os clubes acham que eles são os únicos responsáveis pelas derrotas e vitórias. Muitos comentaristas contribuem para isso ao analisar tudo o que acontece no jogo a partir do resultado e da conduta do técnico.

O Flamengo foi melhor que o Botafogo, criou muito mais chances de gol, e toda a explicação para o resultado foi a boa atuação de Joel. Contra o Vasco, havia equilíbrio. A vitória surpreendente sobre o Flamengo deu confiança aos jogadores do Botafogo.

Joel armou bem a equipe para os dois jogos, de acordo com as características e qualidades dos jogadores. Técnico bom é isso. Executa bem o que é simples, essencial e óbvio. O restante é pose e conversa fiada.

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