Amanhã, a Fifa anuncia o melhor jogador do mundo de 2009. Messi é quase certo. Votaria também nele. O segundo, em minha preferência, seria Xavi, e o terceiro, Drogba. Os cinco selecionados pela Fifa são Messi, Xavi, Kaká, Iniesta e Cristiano Ronaldo.
Se a Argentina não formar um bom conjunto, Messi, dificilmente, irá se destacar no Mundial. Ele não é um Maradona. Os craques brilham intensamente quando jogam em equipes organizadas e vitoriosas. Os grandes times não precisam dos craques para jogar bem. Precisam deles para decidir as partidas.
O Brasil já está pronto para o Mundial, com boas chances de vencer, mas não está pronto para encantar. Falta mais um craque, ao lado de Kaká, como foi Ronaldinho e poderia ser Robinho. Os dois são ainda esperanças.
Após Dunga dizer que a imprensa não pode o induzir ao erro, como teria ocorrido em 2006, pouquíssimos vão pedir um futebol mais brilhante. É o pensamento único, a ditadura do conformismo, de achar que, se tentar melhorar, atrapalha.
Os técnicos são também induzidos ao acerto, como ocorreu na Copa de 2002, com Felipão, quando toda imprensa pedia, durante a Copa, a entrada de Kléberson no lugar de Juninho Paulista. Foi aí que o time se acertou. Por outro lado, quase que a imprensa induz Felipão ao erro, ao pedir a ida de Romário.
Neste ano, o mundo descobriu que Xavi e Iniesta são excepcionais. Já são há muitos anos, principalmente Xavi. Diminuiu também o preconceito com os baixinhos. Xavi, Iniesta e Messi são muito menores que os grandes atuais jogadores. Sem diminuir a importância das jogadas aéreas, futebol ainda se joga de pé em pé, com a bola deslizando no gramado, apesar de muitos técnicos acharem que isso é coisa do passado.
Xavi não faz nada magistral, mas faz muito bem tudo o que um grande armador deve fazer. Xavi atua de uma intermediária à outra. Os utilitaristas ainda não descobriram se Xavi joga pela direita ou pela esquerda e se é volante ou meia. Não é uma coisa nem outra. É um jogador de meio de campo.
Além de marcar bem e raramente errar um passe, Xavi sabe o momento exato de dar o passe decisivo. Essa é também uma qualidade de Petkovic. Erram pouco, sem se limitar a dar passes curtos e para o lado. Xavi é mais organizador. Iniesta é mais habilidoso e insinuante. Os dois se completam.
Após ser eleito o melhor do mundo em 2007, Kaká ainda não teve uma sequência maior de grandes partidas. O mesmo aconteceu com Cristiano Ronaldo, após ganhar o título em 2008.
Kaká e Cristiano Ronaldo são parecidos. Os dois são altos, fortes e velozes. São habilidosos, criativos, mas se destacam mais pela técnica. Messi tem ótima técnica, mas se destaca mais pela habilidade e criatividade.
Além dos cinco selecionados pela Fifa, veremos, no Mundial, outros excepcionais jogadores. O que me entristece é saber que a maioria dos técnicos não sonha com belas partidas e com um futebol encantador. Sonha apenas com times organizados, disciplinados e equilibrados.
A vitória dos técnicos não pode ser a derrota do futebol.
Reforma tributária eleva imposto de profissionais liberais
Dino dá menos de um dia para Câmara “responder objetivamente” sobre emendas
Sem Rodeios: José Dirceu ganha aval do Supremo Tribunal Federal para salvar governo Lula. Assista
Além do Google, AGU aumenta pressão sobre redes sociais para blindar governo