Johannesburgo - Viemos ontem para Durban, em uma ótima estrada. É o mundo rico da África do Sul. Na saída de Johannesburgo, passamos por uma extensa favela. É o mundo miserável da cidade.
Durban é uma cidade agradável, às margens do Oceano Índico, a terceira maior da África do Sul e o maior porto do continente. Durante o dia, faz calor. Parece o inverno do Rio de Janeiro.
A Itália está fora da Copa. Ficou em último, atrás da Nova Zelândia. Todas as vezes em que a Itália venceu, e diziam que ela jogava feio, havia grandes jogadores na equipe. Nunca vi uma seleção italiana tão fraca como a atual.
Nas oitavas de final, a Holanda, favorita, vai enfrentar a Eslováquia. Paraguai e Japão devem fazer um jogo equilibrado. Existe uma boa chance de que quatro equipes sul-americanas cheguem às quartas de final.
Brasil e Portugal jogam hoje. O sistema defensivo de Portugal não é melhor que o da Costa do Marfim, mas o ataque é muito superior ao do time africano. É preciso evitar as finalizações de fora da área e as cobranças de falta de Cristiano Ronaldo. Se o técnico português conhecer bem o Brasil, vai colocar Cristiano Ronaldo pela direita. Michel Bastos vai precisar da ajuda de Felipe Melo.
Dunga deve escalar Daniel Alves no lugar de Elano, contundido, e Júlio Baptista, no de Kaká, suspenso. Outra opção seria Nilmar, passando Robinho a fazer a função de Kaká. Não sei se seria melhor.
No grupo H, a Espanha precisa vencer o Chile. Como o time chileno é imprevisível, uma goleada da Espanha e uma vitória do Chile são resultados muito próximos.
Não gostei das escalações da Espanha nos dois primeiros jogos. Xavi deveria ser o segundo volante, para iniciar as jogadas em sua intermediária. Jogando assim, no Barcelona, ele se tornou o melhor armador do mundo. Colocá-lo mais à frente, como um meia, muitas vezes de costas para o marcador, é uma tremenda burrice.
Deveria haver uma regra na Copa que não permitisse que uma seleção tão retranqueira e tão fraca, como a Suíça, passasse para a fase seguinte. Se a Suíça se classificar, existe até o risco de ela, com mais quatro retrancas e com sorte, ganhar o título, como ocorreu com a Grécia na Eurocopa de 2004. Seria a desmoralização do futebol.
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