Dos 23 selecionados para concorrer ao título deste ano de melhor jogador do mundo pela Fifa, só há um brasileiro, Kaká. Apesar de um ou outro nome discutível, como Adebayor, do Arsenal, apenas um bom centroavante, o fato é mais uma demonstração de que nosso futebol não está bem.

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Quase todos os 23 escolhidos atuam em uma das dez equipes mais fortes da Europa. Os outros times, mesmo os melhores do segundo escalão, estão, mais ou menos, no nível das principais equipes brasileiras. A turma que adora qualquer jogo ruim da Europa não vai concordar.

Se um time do segundo escalão da Europa às vezes vence um do primeiro, não é tão surpreendente que uma equipe brasileira ganhe o Torneio Mundial de Clubes.

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Não há também nenhuma surpresa quando um bom jogador que atua no Brasil se destaca em uma equipe do segundo escalão da Europa. Difícil é ele ir direto e logo brilhar em um dos dez melhores times. Kaká, por ser um craque, foi exceção.

Por outro lado, há ainda bons jogadores brasileiros que não se tornam titulares nem de pequenos times da Europa. Além de problemas técnicos e emocionais, alguns não conseguem viver sem o arroz com feijão.

Os campeonatos europeus, principalmente o da Inglaterra, são tão organizados, os estádios ficam tão cheios, os gramados são tão bons, os torcedores vibram tanto e a violência é tão menor, que uma partida entre duas pequenas e medíocres equipes parece um grande espetáculo.

Apesar de tantos problemas e da saída de muitos jogadores, o Campeonato Brasileiro, além de equilibrado e emocionante, é surpreendentemente bom.

Desrespeito

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Se o Botafogo pode jogar no Engenhão contra todos os outros adversários, não há motivo para se transferir a partida contra o Flamengo para o Maracanã. A Polícia Militar tem a obrigação de oferecer segurança.

Há um outro problema no Engenhão, construído para o Pan, considerado o estádio mais moderno do Brasil e que custou muito mais do que foi previsto.

Segundo a IBDD (Instituto Brasileiro de Defesa dos Direitos da Pessoa Portadora de Deficiência), e de acordo com a ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), o Engenhão não possui, nas condições exigidas, elevadores, rampas de acesso, corrimões, vasos sanitários, torneiras e outras estruturas para receber bem os deficientes físicos.

O Botafogo não tem culpa disso, já que alugou o estádio pronto. Espero que as falhas possam ainda ser corrigidas e que os responsáveis pelas reformas e construções dos estádios para a Copa do Mundo de 2014 tenham respeito pelos deficientes físicos, além de não desperdiçarem dinheiro público.

Nada para dizer

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Na semana passada, vi entrevistas de Luxemburgo e Muricy no programa Arena Sportv. Os dois disseram coisas importantes sobre a parte técnica e tática. Discordo de algumas opiniões e aprendo com outras. Já as entrevistas de Dunga, como a desta semana no mesmo programa, é mais uma repetição de chavões e de frases óbvias. Não sei se Dunga não sabe dizer, se não quer dizer ou se não tem nada para dizer.