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A um ponto de garantir vaga nas quartas de final do Estadual, jogadores  do Paraná revelam ambiente leve nos treinamentos. | Ivonaldo Alexandre/Gazeta do Povo
A um ponto de garantir vaga nas quartas de final do Estadual, jogadores do Paraná revelam ambiente leve nos treinamentos.| Foto: Ivonaldo Alexandre/Gazeta do Povo

O torcedor do Paraná que tenha acompanhado uma das recentes reuniões do Conselho Deliberativo na sede social para depois presenciar um treinamento do time no CT Racco duvidaria se tratar da mesma instituição.

O embate político travado entre o presidente Rubens Bohlen e o grupo “Paranistas do Bem”, que promete aporte de R$ 4 milhões em troca da renúncia do mandatário, tornou o clima nervoso na Kennedy, com alta tensão entre conselheiros e dirigentes.

Por outro lado, precisando de apenas um ponto nas duas últimas rodadas do Estadual para garantir classificação para a fase final, o alegre ambiente vivido nos treinamentos do elenco parece alheio à instabilidade dos bastidores.

O jovem volante Jean nega que este seja um caso de bipolaridade, mas admite que o grupo tem sido blindado para poder manter foco exclusivo nos jogos. O otimismo é tanto que, para os jogadores, existe chance real de título no Paranaense.

“Claro que o Paraná é um clube só, tanto na diretoria, como dentro de campo. Porém, a comissão técnica está fazendo uma blindagem muito boa com relação a esta situação da diretoria. As coisas chegam até a gente com muita clareza, mas filtradas”, explica Jean.

“A gente tenta manter essa alegria. Temos harmonia e por isso temos tido bons resultados. Podemos chegar à final e ao título”, complementa o jogador.

O técnico Luciano Gusso e o gerente de futebol Marcus Vinícius confirmam o cenário descrito por Jean. “Os jogadores acompanham as notícias, mas os conscientizamos da importância de manter o foco no trabalho e no desempenho em campo”, diz Gusso.

“Procuramos passar sempre a verdade para os atletas”, certifica Marcus Vinícius. “Mas nem tudo precisa chegar ao elenco, apenas o que precisam saber. Nem eu sei de todas as informações”, ressalta o gerente.

Para o capitão Lúcio Flávio, no Paraná há uma distância grande entre a diretoria e os jogadores, o que facilita a blindagem do grupo. Acostumado com a situação, nem mesmo a ausência de dirigentes no dia a dia incomoda mais o camisa 10.

“A situação política é algo muito interno a que quase não temos acesso. Ficamos distantes de tudo”, revela. “Sinceramente, para o jogador é bom que o clube cumpra suas obrigações. Presença de dirigente não faz a menor diferença”, completa o jogador.

“A diretoria tem um planejamento anual. A gente tem um imediato, que é tirar o Paraná da situação em que está. Talvez nosso planejamento esteja batendo mais forte até do que o da diretoria agora”, finaliza o volante Jean.

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