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Pensando na Sul-Americana, o São Paulo usou apenas reservas neste domingo (25) e não saiu de um empate em 0 a 0 com a Ponte Preta em Campinas, pela penúltima rodada do Brasileirão. Na primeira partida de Paulo Henrique Ganso como titular, o time teve pouca movimentação e o meia nada conseguiu criar. Cañete também foi testado, entrando no lugar do ex-santista no segundo tempo, mas mal pegou na bola.

Se o jogo valia para alguns jogadores tricolores como chance para provarem que merecem continuar no elenco em 2013, Ney Franco deve ter tido dificuldades para tirar alguma conclusão. O time jogou mal e foi dominado pela Ponte na maior parte do tempo.

Como o Grêmio venceu o Figueirense, o São Paulo já não briga mais pelo segundo lugar do Brasileiro. A equipe está em quarto, com 63 pontos, e vai terminar o torneio neste posto. No domingo, o clássico contra o Corinthians não vale posição. Antes, na quarta, o São Paulo recebe a Universidad Católica no Morumbi na volta da semifinal da Copa Sul-Americana.

Já para a Ponte Preta o empate significou a permanência na Série A, um dia depois de o Guarani, o maior rival, cair para a terceira divisão. A equipe alvinegra tem 47 pontos e cumpre tabela contra a Portuguesa na última rodada.

O jogo

Ney Franco surpreendeu na escalação do time reserva do São Paulo. Apesar de já ser certo que Willian José não fica para 2013, ele foi escalado como único atacante do time. Ademilson ficou no banco para Maicon fazer companhia a Ganso e Cícero na função de armar o time.

Mas a escolha do treinador deixou o São Paulo estático em campo. Os três meias, mais os laterais, que têm características ofensivas, e Casemiro, que adora jogar aparecer perto da área, ocupavam todos a mesma faixa de campo e o time não se movimentava.

Chances na etapa inicial foram apenas duas, nos primeiros 15 minutos. Numa, Maicon tentou de fora da área e Edson Bastos espalmou. Em outra, Casemiro tabelou com Willian José e chutou muito bem, para defesa difícil do goleiro. No rebote, com o gol vazio, o volante isolou.

Depois disso, a Ponte Preta cresceu e passou a ameaçar, trabalhando a posse de bola no campo de ataque. No finalzinho do primeiro tempo foram duas ótimas chances. Roger tentou mesmo sem ângulo e Denis teve que operar milagre. Pouco depois, João Paulo cruzou, o centroavante não fez e Edson Silva tirou em cima da linha.

Vendo que o São Paulo passava apuros, Ney Franco resolveu mexer no intervalo. Tirou Henrique Miranda, que jogava bem, e colocou Ademilson. Com isso, o time passou ao 3-5-2, Casemiro virou zagueiro e Cícero foi para a ala esquerda. A mudança deixou o jogo mais aberto e muito mais agradável.

O problema é que a zaga tricolor ficou frágil e a Ponte é que chegava com maior frequência. Aos 9 minutos, Roger chutou cruzado e acertou o pé da trave esquerda de Denis. Nikão e Rildo também assustaram e mandar bolas rente ao poste.

Cumprindo o programado, Ganso saiu aos 12, depois de atuar por 57 minutos. No lugar dele, entrou Cañete, que voltava depois de mais de um ano afastado por lesão. Mas o argentino, sem ritmo de jogo, praticamente não participou da partida. Para piorar, o time ficou ainda mais confuso quando Ney Franco tirou Willian José e colocou Lucas Farias. O garoto da base, lateral-direito, foi para a ala esquerda e Cícero para o ataque.

A Ponte continuava melhor e Roger não dava sossego à zaga tricolor. Aos 29, ele tabelou com Uendel, recebeu na área e chutou cruzado. A bola passou tirando tinta da trave. O São Paulo teve uma chance apenas, com Douglas, que foi fominha, não passou a Ademilson, melhor posicionado e sem marcação, e acabou facilitando a defesa de Edson Bastos.

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