Inspiração de Rafael Moura garantiu artilharia e vitória do Atlético no Campeonato Paranaense| Foto: Rodolfo Bührer / Gazeta do Povo

Assista aos gols da 3ª rodada do octogonal decisivo do Paranaense 2009

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À torcida, a diretoria do Atlético já mandou o recado antes mesmo da bola rolar
Quando a partida começou, o equilíbrio prevaleceu por alguns minutos...
... até o atacante Rafael Moura fazer a diferença e garantir a vitória do Furacão

Um domingo inspirado em todos os aspectos no Atlético conduziu o time à liderança do octogonal final do Campeonato Paranaense. Bem defensivamente e coeso na parte individual e coletiva, o Furacão derrotou o Iraty na Arena da Baixada por 3 a 1 e assumiu a ponta do Estadual, com os mesmos oito pontos do rival Coritiba, mas com vantagem no primeiro critério de desempate (pontuação no geral – 38 contra 32 pontos).

O início de jogo parecia reservar muitas dificuldades aos donos da casa, porém Rafael Moura abriu caminho para a vitória na base da raça e de uma dose de precisão no arremate final. O jogador aumentou ainda no primeiro tempo, e o Iraty até esboçou uma reação no início da etapa final. Foi então que o técnico Geninho lançou mão dos garotos Fransérgio e Raul para garantir os três pontos.

Além da ponta do Estadual, os gols de Rafael Moura também o reconduziram à liderança entre os artilheiros, com 10 gols assinalados – contra oito de Wellington Silva, do Paraná Clube. O Furacão tem ainda o melhor ataque do octogonal e de todo o certame, levando desvantagem apenas no quesito defensivo (o Coxa tem o melhor setor defensivo).

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Com moral, o Atlético agora viaja para Natal, onde joga na quarta-feira contra o ABC-RN pela Copa do Brasil. Se vencer por dois gols ou mais de diferença o Furacão elimina o jogo de volta. Pelo Paranaense a equipe entra em campo no próximo fim de semana, na Arena, diante do Nacional.

Já o Iraty somou a sua terceira derrota em três jogos nesta fase do Paranaense, e tentará se reabilitar no próximo domingo em casa, no Estádio Emílio Gomes, diante do Cianorte.

Iraty esboça resistência, mas raça e precisão atleticana abrem o placar

Com a mesma tática de todas as equipes de interior que vão à Arena da Baixada, o Iraty entrou em campo contra o Atlético com uma postura clara de bloquear e tumultuar o meio-campo, procurando roubar rapidamente a bola e sair nos contra-ataques. Nos primeiros 20 minutos, a tática parecia possível de sucesso, visto também que a primeira grande oportunidade de gol foi do Azulão, aos dois minutos.

Nervoso, o Furacão demorou a se encontrar na partida. A equipe errava muitos passes, não conseguia fugir da forte marcação dos visitantes e ainda fazia muitas faltas desnecessárias. Tudo levava a crer que seria mais um jogo sofrido para o torcedor atleticano. A mudança de panorama veio aos 22, graças à raça e a uma dose de sorte e limitação técnica adversária.

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Rafael Moura recebeu um lançamento até então despretensioso, e mesmo cercado por três jogadores do Iraty, o atacante conseguiu levar aos trancos e barrancos antes de entrar na área e chutar cruzado para abrir o marcador. A partir deste 1 a 0, o Atlético se soltou em campo e o Azulão se resumiu a uma equipe retrancada que procurava não tomar mais gols. Não conseguiu.

Sete minutos depois do primeiro, Rafael Moura recebeu mais um passe açucarado, e desta vez o jogador mostrou categoria para, na cara do gol, tocar sobre o goleiro Valter. Com este gol o jogador alcançava a artilharia do Estadual, ao lado de Wellington Silva (Paraná Clube), ambos com oito gols anotados. De quebra, o Furacão reassumia a condição de líder da competição.

Entretanto, torcedor e jogadores sabiam: o que está bom pode ficar ainda melhor.

Gol do Azulão assusta, mas talento volta a fazer a diferença

A chuva e duas alterações no Iraty deram novas emoções ao jogo no segundo tempo. Um dos que entraram, André Aboré, assinalou o primeiro do Azulão logo aos cinco minutos, em um lance em que tabelou com o lateral Airton e contou com o relaxamento da defesa atleticana. De fato, o Furacão entrou na etapa final acomodado e demorou a engrenar.

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Insatisfeito com a produção do time, Geninho tirou Wesley para a entrada de Fransérgio. No seu primeiro lance, o garoto da base lançou Marcinho e o meia cruzou na cabeça de Rafael Moura, que fez o terceiro do Atlético. Este gol deu tranquilidade ao time na partida e caiu como um balde de água fria na reação dos visitantes.

As duas equipes ainda criaram chances de balançar as redes, sobretudo com arremates de longa distância, contudo a bola não entrou. Ao torcedor restou comemorar o resultado e ainda pedir a entrada do lateral-direito Raul, o que foi atendido pelo treinador atleticano no fim do confronto.