Carlos Alberto Parreira, que dirigiu a seleção da África do Sul entre 2007 e 2008, não é um desconhecido para jogadores, torcedores e jornalistas do país. O atacante Benni McCarthy, com seus problemas disciplinares e seu cartel de maior artilheiro da história da seleção, também não. Mesmo assim, o retorno dos dois é a grande novidade da África do Sul para o amistoso deste sábado (14), contra o Japão, em Porto Elizabeth. Mais que isso: Parreira e McCarthy são símbolos de um recomeço, os homens que podem colocar os anfitriões da Copa de 2010 de volta aos trilhos depois de oito derrotas nas últimas nove partidas.
Antes mesmo de reestrear no comando da África do Sul, Parreira parece já ter marcado dois gols. O primeiro ao destacar que o amistoso contra o Japão é, sim, importante - Joel Santana, seu antecessor, era muito criticado por explicar derrotas dizendo que "não era pago para ganhar amistosos, mas para preparar o time para a Copa do Mundo". O segundo gol ao passar mais confiança à equipe.
"Precisamos voltar a ganhar para construir uma mentalidade vencedora. Vamos esquecer o passado e começar um novo capítulo na história do futebol sul-africano", convocou Parreira.
Ao menos no discurso o time parece ter assimilado a proposta. "Há um novo espírito em campo e quando isso acontece estamos prontos para dar nosso máximo. O Japão será um adversário difícil, mas temos que esquecer o passado e pensar em vencer para estarmos prontos na Copa do Mundo", analisou o zagueiro e capitão Mokoena.
"O novo treinador tem sido ótimo, ele nos disse que não devemos nos abater com os resultados dos últimos meses. O que passou, passou, agora temos um novo começo diante do Japão e estamos determinados a vencer", completou o meia Modise, que na ausência de Steven Pienaar será o principal responsável pela criação de jogadas da equipe.
Modise também celebrou o retorno de McCarthy que, segundo ele, "é um espelho para os outros jogadores". De fato, McCarthy é o sul-africano com maior brilho no futebol internacional. Apesar de atualmente ser reserva no Blackburn, da Inglaterra, já tem no currículo um título europeu pelo Porto, em 2004, além de passagens pelo Ajax, da Holanda, e pelo Celta de Vigo, da Espanha. Na última quinta-feira, o atacante completou 32 anos e se disse mais maduro para assumir os próprios erros. McCarthy havia sido afastado da seleção por não mostrar comprometimento sempre que era chamado, mas, tal como toda a equipe, espera fazer do amistoso contra o Japão um recomeço.
"Quero pedir desculpas pelos meus erros e começar do zero. Eu era muito imaturo, mas agora sou homem o suficiente para pedir desculpas. A Copa de 2010 será o maior evento futebolístico da história do país e de toda a África e eu quero fazer parte disso", prometeu ele, que será titular contra o Japão.
Além de McCarthy e Parreira, a outra atração do amistoso é o estádio de Porto Elizabeth, que receberá a seleção sul-africana pela primeira vez. Ele foi construído especialmente para a Copa de 2010 e inaugurado neste ano. Será sede de oito jogos do Mundial, incluindo um das quartas-de-final e a decisão do terceiro lugar.
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