A comissão técnica da seleção brasileira divulgou, na manhã desta quarta-feira (26), uma nota oficial rebatendo as declarações do zagueiro uruguaio Lugano sobre simulações de faltas de Neymar e a escolha do chileno Enrique Osses para apitar a partida das 16h, no Mineirão, pelas semifinais da Copa das Confederações.
O texto dá a entender que, por ser talentoso, o principal jogador do time de Felipão não precisaria simular faltas: "Quando questiona o comportamento de Neymar em campo, Lugano comete um enorme equívoco de pretenso analista, pois põe em xeque igualmente o que nenhum admirador do futebol ousa duvidar: o talento do camisa 10 brasileiro", diz a nota.
Para a comissão técnica nacional, o zagueiro uruguaio está tentando condicionar a arbitragem. "O que Lugano pretende ao falar sobre Neymar é, na verdade, exercer de antemão uma pressão sobre o árbitro para que não seja punido pelas possíveis entradas mais duras que certamente terá de aplicar no jogador brasileiro".
Após a derrota por 4 a 2 no sábado, em Salvador, os jogadores italianos reclamaram muito do lance no qual saiu o segundo gol brasileiro, pouco depois de a Azzurra ter conseguido o empate. Neymar caiu em disputa de bola com Maggio na entrada da área e o juiz Ravshan Irmatov, do Usbequistão, marcou a falta. Na cobrança o próprio atacante fez o gol.
A comissão técnica brasileira também contestou Lugano ter achado estranha a escolha de um árbitro chileno para a partida, após o Brasil ter cedido ao Chile o direito de realizar a Copa América de 2015.
"Ele quer dizer, dessa forma cifrada, que uma imaginária troca de favores agora beneficiaria o Brasil", afirma o texto. "Além da visível tentativa de coação sobre o árbitro, Lugano, com suas declarações inteiramente fora de lugar, passa a pôr em dúvida a lisura das entidades Fifa e Conmebol e de suas respectivas Comissões de Arbitragem".
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