O secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, minimizou os problemas ocorridos durante a Copa das Confederações, cujas semifinais começarão nesta quarta-feira com o confronto entre Brasil e Uruguai, às 16 horas, no Mineirão. O dirigente admitiu que o torneio foi atrapalhado por alguns contratempos, mas qualificou os mesmos como normais por terem ocorrido em uma competição que serve como preparação para a Copa do Mundo de 2014.
Em entrevista ao SporTV, concedida no final da noite da última terça, Valcke também aproveitou para assegurar que em nenhum momento a Fifa pensou em cancelar a Copa das Confederações, o que chegou a ser cogitado também por causa da grande onda de protestos que ocorreram e estão acontecendo no Brasil em meio ao período de disputa do torneio.
Os gastos públicos do governo para organização da Copa de 2014, e consequentemente para este torneio em andamento, estão entre os vários temas abordados pelos manifestantes, que chegaram a pedir "hospitais padrão Fifa" aos governantes durante os protestos dos últimos dias.
"Claro que ainda teremos muito trabalho, 20% das coisas ainda não funcionaram como nós queríamos durante a Copa das Confederações, alguma parte de controle de acesso de ingressos e alimentação, por exemplo, mas nada que tenha criado um problema em que a Copa das Confederações estivesse sob qualquer risco. E não foi nada anormal para um evento-teste", ressaltou Valcke.
Na semana passada, o dirigente chegou a pedir mais segurança ao governo para a realização da Copa das Confederações e reclamou que a Fifa era o "alvo errado" dos manifestantes.
E, nesta terça, Valcke enfatizou que "se há algo que pode tirar uma Copa de um país é a segurança", mas também salientou que a entidade que controla o futebol mundial apoia os protestos, desde que sejam pacíficos, e assegurou que o Mundial, de fato, será ocorrido no Brasil em 2014.
Ao falar da Copa, o dirigente também disse estar convicto de que todos as 12 cidades-sede estarão preparadas e aposta que os estádios ainda em fase final de construção serão entregues dentro do prazo estipulado pela Fifa.
O dirigente reconheceu que algumas praças esportivas foram ou estão sendo erguidas mediante gastos muito altos, mas negou que os mesmos irão elitizar o acesso dos torcedores.
"Alguns deles custaram realmente muito dinheiro, mas esses estádios não serão reservados apenas para os ricos. Isso é uma bobagem. Um estádio é um estádio. Impossível dizer que, porque esse estádio custou 'x', vamos cobrar ingressos supercaros. Não, isso não é verdade, não é o que está acontecendo", sublinhou.
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