Ao festejar o empate na Vila Capanema na semana passada o Atlético escancarou a sua dependência da Arena. O Furacão vê no Caldeirão a possibilidade de materializar uma vaga na decisão.
A vantagem paranista do empate dilui-se diante da "invencibilidade" tricolor na Arena. O Paraná lidera as estatísticas às avessas da Baixada. Ninguém tropeçou tanto no estádio. São 14 jogos, com seis empates e oito derrotas desde a inauguração em 99.
"Nunca soube disso. É uma marca importante, mas tem lado bom e ruim. Pode ser perigosa porque serve como um estímulo para o outro lado. Mas se vierem desesperados com essa pressão de quebrar o tabu podemos aproveitar", comenta o meia Evandro.
Mesmo se quiser ignorar as estatísticas contra o time da Vila, basta olhar à atual temporada para o Atlético seguir animado como mandante. Esse ano perdeu apenas 1 dos 11 jogos em casa. A derrota aconteceu na longínqua segunda rodada e com o Ventania 0 a 1 do Rio Branco. No mais, contabilizou seis vitórias e quatro empates, hoje um resultado perigoso, pois beneficia o adversário.
"Sempre existirá essa química com a torcida. Na Arena tudo muda pela acústica, pela pressão que o público faz e ajuda a nossa equipe", afirma Vadão. "É muito diferente mesmo jogar aqui. Somos o verdadeiro Atlético. Estamos contando com esse apoio e eles podem ter certeza que vamos dar a vida nesse jogo para sair com a classificação", prometeu Evandro à espera do equilíbrio.
O time viveu uma inversão de humores desde o último domingo. Entrou em campo diante de um Paraná favorito pela vantagem do empate. Saiu comemorando o 0 a 0 da Vila Capanema. Levou um novo revés na Copa do Brasil (3 a 1 para o Atlético Goianiense) e recobrou o ânimo para este fim de tarde.
De semelhante entre as partidas, a atuação abaixo da média, algo proibido de se repetir hoje. "Algumas vezes estamos tendo erros que estão nos custando caro como neste último jogo. Mas temos que aproveitar todas as oportunidades de gols nessa partida, inclusive nas bolas paradas", disse Evandro sobre o calcanhar de Aquiles da equipe na temporada.
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Ao mesmo tempo em que sabe que a bola alta vem sendo o principal ponto fraco atleticano, o Paraná não pode se aproveitar muito da situação. Afinal, com um time baixo, a jogada não é das mais utilizadas pelo Tricolor na temporada.
Apenas 5 dos 57 gols marcados pela equipe em 2007 foram de cabeça dois do atacante Josiel, um do atacante Lima, um do zagueiro Daniel Marques e um do zagueiro João Paulo. O último deles foi há 13 jogos, obra de Josiel na vitória por 2 a 1 sobre a Portuguesa Londrinense, no Pinheirão, dia 7 de março.
Já o Atlético sofreu por cima 12 dos 37 gols no ano. Problema que ficou escancarado após duas cabeçadas certeiras do adversário na derrota de 3 a 1 para o Atlético Goianiense, quarta-feira, pela Copa do Brasil.
Os números mostram que o Paraná não pode deixar de pelo menos tentar aproveitar tal deficiência do adversário. Se os atacantes não são altos o suficiente o centroavante Josiel, por exemplo, tem 1,74 m a subida dos zagueiros Daniel Marques (1,90 m) e Neguette (1,82 m) para o ataque em bolas paradas pode ser uma boa alternativa.
"Se eles estão inseguros, podemos tirar proveito. Mas é estranho, não deveriam estar passando por isso porque têm zagueiros com estatura elevada", disse Neguette, se referindo a Danilo (1,82m) e Marcão (1,85m).
Foi justamente numa cabeçada que o Paraná conseguiu chegar ao gol no clássico da semana passada com o Atlético, na Vila Capanema. Porém o bandeira anotou impedimento, equivocadamente, e invalidou a finalização de Josiel, mantendo o placar no 0 a 0.
Se não for por cima, o Tricolor acredita que tem qualidade suficiente para decidir o jogo na sua principal característica: a bola trabalhada em velocidade. "Foi assim que vivemos nossos melhores momentos. Depender da bola alta para a gente é complicado", disse o técnico Zetti.
Principal responsável por puxar os contra-ataques, o meia Dinélson se prepara para aproveitar os espaços que devem aparecer, apesar de esperar novamente uma marcação tão forte quanto a feita pelo volante Erandir no último clássico. "A característica do nosso time é essa mesmo. Na frente saiu o Henrique e entrou o Vinícius, mas a velocidade continua igual", analisou o habilidoso baixinho.
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