Depende do aval do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) a solução para o término da Arena da Baixada até a Copa de 2014. Prefeitura de Curitiba e governo do estado confirmaram nesta segunda-feira (19) um acordo no qual a conta de R$ 138 milhões deverá ser dividida igualmente entre três as partes, incluindo o Atlético. Apesar de a colaboração estatal, a negociação não prevê aplicação direta de recursos públicos.
Segundo o plano, o clube pagará sozinho 1/3 da obra (R$ 46 milhões). O restante (R$ 92 milhões) virá de um empréstimo junto ao BNDES que deverá ser assumido pelo Atlético e pela construtora responsável pelo empreendimento. Os dois receberão da prefeitura o mesmo valor em títulos de transferência do potencial construtivo do município.
Os papeis servirão como garantia da transação. Ou seja, caso a dívida não seja paga dentro dos prazos previstos, os títulos serão executados. A formalização do negócio, contudo, ainda precisa da aprovação do BNDES e de uma lei municipal.Como contrapartida pela cessão dos ativos, a prefeitura receberá cerca de R$ 46 milhões em repasses do governo estadual para melhorias no entorno da Arena. O dinheiro seria aplicado por meio de algum fundo do estado (como o Fundo de Desenvolvimento Urbano), sem qualquer ônus para Curitiba.
A viabilidade do acordo começa a ser discutida nesta terça (20) em um encontro entre representantes da prefeitura e do governo estadual com técnicos do BNDES no Rio de Janeiro. Por enquanto, ainda não é seguro dizer que os papeis serão aceitos como garantia. "Não é algo usual, mas o Luciano Coutinho (presidente do banco) me disse que existem alguns contratos que já foram feitos nesses termos", disse o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo.
Pacote da Copa beneficia portos, mas Paranaguá fica de fora
O presidente Lula assinou nesta segunda (19) um termo aditivo à Matriz de Responsabilidades para a Copa de 2014 que inclui obras em portos e aeroportos. O governo federal investirá R$ 740 milhões em instalações portuárias de sete cidades: Fortaleza, Manaus, Natal, Recife, Rio de Janeiro, Salvador e Santos. Os recursos serão aplicados em terminais de passageiros para que navios-cruzeiros possam ser usados para aumentar o número de leitos oferecidos durante o Mundial.
Segundo o governador Orlando Pessuti (PMDB), já era esperado que o porto de Paranaguá não fosse incluído nesse pacote.
"Isso não quer dizer que não receberemos investimentos no porto. Eles virão, mas não serão aplicados nessa linha, até porque Curitiba não enfrentará problemas com sua rede hoteleira."
Pessuti teve um encontro nesta segunda com o ministro da Defesa, Nelson Jobim, que garantiu que faltam apenas detalhes para que o aeroporto Afonso Pena receba o ILS-3, equipamento que facilita o pouso de aeronaves e que ajudaria a evitar atrasos e cancelamento de voos provocados por chuvas e nevoeiros. Jobim disse que o aparelho está sendo testado em Guarulhos e que em breve será encaminhado para São José dos Pinhais.
O governador também recebeu a confirmação de que serão investidos R$ 72,8 milhões no Afonso Pena até a Copa. Dessa quantia, R$ 41,3 milhões serão aplicados em melhorias no terminal de passageiros e R$ 31,5 milhões no sistema de pátios e estacionamento de aeronaves. O valor corresponde a apenas 1,32% do total de R$ 5,5 bilhões que serão investidos pelo governo federal em todos os 13 aeroportos de cidades-sede da Copa.
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