Com duas participações olímpicas (Seul-88 e Barcelona-92) e medalha de ouro com vitória sobre os Estados Unidos no Pan-Americano de 1987, em Indianápolis, o paranaense Rolando Ferreira Júnior, de 47 anos, está otimista com a campanha da seleção brasileira no Pré-Olímpico de basquete, que vale duas vagas para os Jogos de Londres, em 2012. Primeiro brasileiro a atuar na NBA, onde defendeu o Portland Trail Blazers por duas temporadas nos anos 80, o ex-pivô de 2,14 metros acredita que a retomada do basquete nacional passa diretamente pelas mãos do técnico argentino Rubén Magnano, que, na opinião dos ex-jogador, ensinou o time a marcar.
Qual sua avaliação da seleção?
Temos um bom grupo, coisa que não tínhamos em outros anos. Isso já é um ponto positivo. Antes o nosso foco era apenas em um ou outro jogador. Perdemos tempo. Agora o Brasil está no caminho certo.
Mas o que mudou desde a última participação olímpica, em Atlanta-96?
A marcação. Aprendemos a marcar. O time acabou surpreendendo muita gente, inclusive eu. A defesa está muito forte por causa do trabalho do Rubén Magnano. Todas as seleções marcavam, menos a nossa. Agora sim temos um grupo que pensa e joga junto. No meu tempo de seleção o período de preparação era maior. Todos sabiam que o Oscar e o Marcel seriam os maiores pontuadores e todo o resto do time trabalhava em função deles.
Você considera justo convocar os jogadores NBA que pediram dispensa do Pré-Olímpico se o Brasil se classificar para a Olímpiada?
O ideal é manter o grupo que está aí. Eu mesmo, porque estava meio machucado, pedi dispensa da seleção e não disputei a Olimpíada de Atlanta. Não fazia mais parte do grupo, não podia estar lá. Acho que o técnico tem de prestigiar este grupo que recuperou o basquete brasileiro.
Depois de bater a Argentina, que jogou com a base campeã olímpica em 2004, o que o time pode fazer se conquistar a vaga?
Voltar para uma Olimpíada já é um ótimo negócio. Por isso, se ficar entre os dez primeiros, está de bom tamanho.
Bolsonaro e aliados criticam indiciamento pela PF; esquerda pede punição por “ataques à democracia”
Quem são os indiciados pela Polícia Federal por tentativa de golpe de Estado
Bolsonaro indiciado, a Operação Contragolpe e o debate da anistia; ouça o podcast
Seis problemas jurídicos da operação “Contragolpe”