A estratégia de defesa da Renault deu certo, e a equipe escapou sem ser punida da reunião do Conselho Mundial da FIA pela armação no GP de Cingapura de 2008. O time, que na semana passada havia demitido Flavio Briatore e Pat Symonds e anunciado que não contestaria as acusações, admitiu para os 26 membros da entidade que houve uma conspiração entre Nelsinho, Briatore e Symonds para que o brasileiro batesse o carro de maneira proposital e favorecesse Fernando Alonso. A escuderia foi penalizada com a desqualificação do Mundial até 2011, mas essa pena só terá efeito prático caso viole mais uma vez o regulamento.
"O Conselho Mundial considera que as ações são de gravidade sem precedentes. Não só comprometeram a integridade do esporte, mas também colocaram em risco a vida de torcedores, comissários, pilotos e do próprio Nelsinho", disse a FIA em comunicado.
Se um dos maiores escândalos da história da categoria saiu barato para a equipe para Briatore as consequências foram duras. Um dos dirigentes mais entranhados na F-1, com participação em equipes, categorias (é um dos sócios da GP2) e agenciamento de pilotos (além de Alonso e Nelsinho, atua com Mark Webber, Heikki Kovalainen e Romain Grosjean), o italiano foi banido, por tempo indefinido. Além disso, qualquer piloto que seja empresariado ou associado a Briatore não poderá tirar a superlicença, a permissão especial para guiar na F-1.
"Além da gravidade de suas faltas, o senhor Briatore continuou negando sua participação no caso mesmo com todas as evidências", disse o documento.
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As punições
Veja a punição de cada um dos envolvidos na armação do GP da Cingapura:
Renault
Considerada culpada pelas infrações "que colocaram em risco a integridade do esporte, além de ameaçar as vidas do público, dos comissários, dos outros pilotos e do próprio Nelsinho Piquet". A equipe francesa seria banida, mas a colaboração nas investigações e a demissão dos envolvidos atenuaram sua situação. Acabou suspensa até o fim de 2011, pena que só será ativada caso cometa infração comparável neste período. Também ajudará no trabalho de segurança da FIA.
Flavio Briatore
Banido da Fórmula 1 e de todas as competições reguladas pela FIA. A entidade também não renovará a superlicença de nenhum piloto empresariado por ele ou empresas ligadas ao italiano.
Pat Symonds
Suspenso da F-1 e de todas as competições reguladas pela FIA por cinco anos.
Nelsinho Piquet
Beneficiado pela "delação premiada" proposta pela FIA, acabou inocentado em troca das informações que colaboraram com a investigação.
Fernando Alonso
A entidade chegou à conclusão de que o espanhol não estava envolvido na armação e não o puniu.
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