O técnico do Chile, Marcelo Bielsa, tratou com bom humor o envio de um espião ao treinamento da seleção brasileira, neste domingo, em Johannesburgo. O treinador não considerou a atitude antiética e brincou com o que seu observador conseguiu ver durante a atividade comandada por Dunga na véspera da partida válida pelas oitavas de final da Copa do Mundo.
"Ver o treino de um rival é uma prática aceitável, não constitui nenhum erro de comportamento. Se fazemos espionagem é porque vamos em busca de questões ocultas. Mas me parece que os jogadores brasileiros, todos de primeira linha, estão acima de qualquer observação", afirmou.
O espião chileno é Francisco Meneghini, amigo da filha do treinador. Bielsa teria ficado encantado com os conhecimentos futebolísticos do garoto, de apenas 21 anos, e o incorporou à comissão técnica para ver jogos de adversários.
Meneghini se infiltrou entre os jornalistas que aguardavam o treinamento, mas acabou reconhecido por uma televisão chilena. Para piorar, Dunga decidiu abrir o trabalho por apenas 15 minutos, não permitindo que ninguém acompanhasse a atividade tática. Todos viram apenas o treinador conversar com o grupo, além do aquecimento.
As "informações" obtidas pelo olheiro, aliás, viraram motivo de brincadeira por parte de Bielsa. Ao ficar sabendo pela imprensa local que o espião nada conseguiu ver, o treinador disparou:
"Creio que isso vai ser um elemento para definir a partida", brincou, arrancando gargalhadas dos jornalistas presentes na entrevista deste domingo, no Ellis Park.
Bolsonaro e mais 36 indiciados por suposto golpe de Estado: quais são os próximos passos do caso
Bolsonaro e aliados criticam indiciamento pela PF; esquerda pede punição por “ataques à democracia”
A gestão pública, um pouco menos engessada
Projeto petista para criminalizar “fake news” é similar à Lei de Imprensa da ditadura