O presidente da Fifa, Joseph Blatter, descreveu o tumulto de torcedores durante o amistoso entre a Nigéria e a Coreia do Norte como um "sinal de alerta" mas prometeu que o caos não se repetirá durante a Copa do Mundo, a partir de sexta-feira (11).
"Tenho certeza que este é um sinal de alerta e não acontecerá em nenhum jogo, podem ter certeza", disse o presidente da entidade em coletiva de imprensa nesta segunda-feira após o incidente de domingo no qual ao menos 15 pessoas ficaram feridas.
O secretário-geral da Fifa, Jerome Valcke, disse que o incidente que interrompeu o jogo no segundo tempo ilustra o risco da venda de ingressos em dias de jogos, o que a Fifa se recusou a fazer durante o torneio.
"Temos sido criticados em várias vezes por não disponibilizar ingressos em dias de jogos no estádio e foi isto que ocorreu lá", afirmou Valcke.
"É bom para a gente porque provou que estamos certos em dizer que você nunca deve disponibilizar ingressos nos estádios em dias de jogos", disse. "É esta a razão que manteremos esta política durante a Copa do Mundo".
"Temos que garantir que a política de trabalho nos estádios da Copa do Mundo funcionará melhor do que vimos ontem".
Valcke contestou alegações de que a Fifa, que se isentou da organização do amistoso no estádio Makhulong em Johannesburgo, negou a realização do jogo na instalação.
"Controlamos os 10 estádios da Copa do Mundo que não podem ser usados (para amistosos)", disse. "Mas há outros estádios, inclusive estádios de rúgbi, onde eles poderiam ter jogado".
Blatter, por sua vez, disse que o Brasil esteve certo em jogar um amistoso com o Zimbábue na semana passada, o que foi visto por alguns como uma jogada publicitária do presidente Robert Mugabe após ter sido fotografado com jogadores como Kaká.
"Você viu o entusiasmo das pessoas e eu digo que o futebol conecta pessoas. Acho que foi uma boa ideia ir até lá", disse ele.