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Um grupo de 36 holandesas que assistiam à partida entre Holanda e Dinamarca no estádio Soccer City na segunda-feira (14) em curtíssimos vestidos laranjas foram questionadas pela Fifa sob suspeita de terem realizado uma campanha publicitária disfarçada para uma cervejaria holandesa.

A Budweiser, da Anheuser Busch, é a cerveja oficial do torneio e a entidade que comanda o futebol mundial protege com unhas e dentes seus patrocinadores de marcas que não são parceiras da Fifa.

Os torcedores holandeses são conhecidos por suas roupas laranjas, mas o grupo de mulheres sentadas juntas, aplaudindo e dançando em harmonia e vestindo a roupa feita pela cervejaria Bavaria chamaram a atenção de especialistas em perceber este tipo de campanha.

A Bavaria já havia entrado em conflito com a Fifa por conta de torcedores que usam roupas laranjas nos estádios.

Há quatro anos, na Copa do Mundo da Alemanha, vários torcedores holandeses assistiram um jogo da Holanda num estádio de Stuttgart de cuecas após funcionários impedirem a entrada deles com roupas laranjas que levavam o nome da Bavaria.

"O que parece ter acontecido é uma atividade clara de marketing de emboscada por uma cervejaria holandesa", disse o porta-voz da Fifa Nicolas Maingot nesta terça-feira, acrescentando que membros da Fifa pediram mais detalhes às mulheres posteriormente.

A África do Sul tem leis rigorosas para a proteção da propriedade intelectual e punição do "marketing de emboscada", quando companhias que não são parceiras da Fifa tentam usar a marca da Copa do Mundo.

Integrante do conselho da Bavaria, Peer Swinkels disse à Reuters que a reação da Fifa era ridícula.

"A Fifa não tem o monopólio do laranja e as pessoas têm a liberdade de usar o que quiserem... Neste ano até decidimos tirar a marca desses vestidos, por conta do que aconteceu há quatro anos."

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