• Carregando...

O momento de levantar a Copa do Mundo chegou. Para a Espanha a espera foi muito maior do que para qualquer outro campeão. Foram 76 anos de fila desde o Mundial de 1934, na Itália, quando a Fúria estreou no principal torneio de futebol do planeta. Exatamente por isso, o instante em que o capitão Casillas, levantou a Taça Fifa – às 18h18 (de Brasília) deste domingo, 11 de julho de 2010 – nunca mais sairá da memória de espanhóis.

Para chegar ao estádio Soccer City, em Johannesburgo, e vencer a Holanda com um gol de Iniesta no segundo tempo da prorrogação da grande decisão, a seleção espanhola viveu uma gangorra de emoções.

Desembarcou na África do Sul com sua melhor geração de jogadores e favoritíssima à conquista. Dois anos antes, a Fúria havia deixado para trás o trauma de chegar, mas nunca levar. Jogando bonito, venceu a Eurocopa em uma final com a Alemanha - coisa que não fazia desde 1964. Tudo indicava que 2010 seria o ano de La Roja no futebol. O baque, porém, veio quando e de onde menos se esperava.

Na estreia do Grupo H, diante da modesta Suíça, a Espanha se impôs, tocou bola, criou chances. Não marcou. Em um lance, viu Gelson Fernandes estragar tudo. Saiu derrotada de campo. O mundo não acreditou.

O elenco comandado por Vicente Del Bosque precisou recomeçar. Primeiro, bateu a fraca Honduras, com dois gols de David Villa, um dos artilheiros do torneio com 5 gols. Na sequência, derrotou a empolgação do Chile, pelos pés de Villa e Iniesta. Deu sorte e ainda conseguiu ser líder de sua chave, evitando o confronto com o Brasil nas oitavas.

Com toque de bola refinado, ofensividade e o poder de conclusão de Villa, passou pela retranca do histórico rival Portugal. Contra o defensivo, mas bravo Paraguai, nas quartas de final, o camisa 1 da Fúria, Casillas, foi tão decisivo quanto seu artilheiro.

A repetição da Euro 2008 veio na semi. A Alemanha, sensação do Mundial até então, sucumbiu diante do jogo ibérico. No fim das contas, a magia dos meias Xavi e Iniesta só valeu por causa da insistência do zagueirão Puyol.

A derrota no primeiro jogo trouxe lições. As quatro vitórias seguintes, o favoritismo e a confiança de volta. Na sétima partida em solo africano, primeira final em Mundiais, a hora de exorcizar os fantasmas e antigos medos finalmente chegou. Com a previsão de Paul, o polvo, jogando a seu favor, a Espanha entrou - merecidamente - para o seleto clube de campeões do mundo.

Veja o caminho percorrido pela Espanha na Copa do Mundo 2010:

Primeira Fase

16/06 - Durban – Espanha 0 x 1 Suíça

21/06 - Johannesburgo - Espanha 2 x 0 Honduras

25/06 - Pretória – Espanha 2 x 1 Chile

Oitavas de Final

29/06 - Cidade do Cabo – Espanha 1 x 0 Portugal

Quartas de final

03/07 - Johannesburgo – Espanha 1 x 0 Paraguai

Semifinais

07/07 - Durban – Espanha 1 x 0 Alemanha

Final

11/07 – Johannesburgo – Espanha x Holanda

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]