Embora o médico José Luiz Runco tenha negado logo após o empate com Portugal, sexta-feira (25), que a proteção usada por Júlio César nas costas tenha metal, a diretoria de comunicação da CBF confirmou na tarde deste sábado que há sim uma parte desse material no objeto que foi utilizado pelo goleiro no duelo.
"Ele usa uma cinta com um metal por dentro. Metal que ficou à vista quando ele caiu depois do choque com o jogador", falou Rodrigo Paiva, depois de ficar alguns minutos conversando com Runco. O lance em questão ocorreu aos 15 minutos do segundo, depois de linda defesa em chute de Raul Meireles.
Rodrigo Paiva, no entanto, afirma também que a Fifa estava ciente do uso da proteção e que ela foi analisada por representantes da entidade.
"Antes do jogo, a Fifa vê todo material. E se esse foi liberado é porque não tinha problema", acrescentou o diretor de comunicação da CBF.
A proteção usada pelo goleiro do Brasil virou o assunto principal pós-jogo não só porque a CBF estudou pedir o veto de Drogba, da Costa do Marfim, por conta de uma proteção semelhante no braço, mas principalmente porque deixa no ar se Julio Cesar ainda sente um problema nas costas ou não.
Segundo José Luiz Runco e o próprio jogador, não há nada de errado. Como falou o médico, o goleiro sofre de um problema chamado de protrusão, que é uma saliência ou o deslocamento para frente de alguma membrana, osso ou músculo. No caso da protrusão discal, o problema ocorre nos discos que formam a coluna vertebral.
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