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Com  mais um treino fechado, fotógrafos e cinegrafistas têm de encontrar lugares estratégicos para registrar a seleção | Albari Rosa/Gazeta do Povo – enviado especial
Com mais um treino fechado, fotógrafos e cinegrafistas têm de encontrar lugares estratégicos para registrar a seleção| Foto: Albari Rosa/Gazeta do Povo – enviado especial

A condição dos gramados na Copa do Mundo, por incrível que possa parecer, virou a nova aliada de Dunga para blindar ainda mais a seleção brasileira. Explica-se: é apenas na véspera dos confrontos, quando o Brasil faz o reconhecimento do gramado, e também após as partidas, que a imprensa consegue entrevistar todos os atletas.

E, pela segunda vez seguida, com o argumento de que precisa preservar o campo de jogo, a Fifa proíbe o time de Dunga de treinar no estádio em que vai jogar. Desta vez, o problema é com o Moses Mabhida. O treino estava marcado para as 17 horas, mas a entidade máxima do futebol avisou ontem pela manhã que ele irá ocorrer no Estádio Princess Magogo, às 16 horas.

Dessa forma, depois da zona mista após o jogo contra Costa do Marfim, domingo, apenas três jogadores selecionados pela CBF deram entrevistas: Kaká, Luisão e Lúcio. Apenas o último atuará contra Portugal.

"Seria melhor se pudéssemos treinar lá um dia antes para conhecer, se adaptar. Mas isso é uma decisão deles [Fifa] que nem sei o motivo. De qualquer forma, isso não tira a nossa vontade e determinação [para vencer]", afirmou o capitão da equipe.

Na verdade, o problema está ocorrendo pelo pequeno número de cidades sede na Copa da África do Sul. O Mundial está sendo realizado em oito cidades e nove estádios, o que está sobrecarregando os gramados. (leia acima reportagem sobre o Estádio Moses Mabhida)

"É por isso que é necessário 12 sedes. Agora, ficamos na mão", avisou o diretor de comunicação da CBF, Rodrigo Paiva. Ele estava preocupado com um outro problema técnico em decorrência da mudança em cima da hora da programação: como seriam as condições do novo local de treino e como fazer para Dunga estar em dois lugares diferentes quase ao mesmo tempo – o treino começa às 16 horas e a coletiva deverá ser às 18 horas.

"O problema todo é que o nosso hotel fica perto do estádio. Mas a distância entre os campos é grande."

O mais provável é que Dunga, mais uma vez, abandone o treinamento pela metade para conceder a entrevista. A dele, ao menos, é obrigatória.

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