Blog "Gazeta 6 Estrelas" estreia cobertura exclusiva direto da África do Sul
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Já era esperado. A liberação do acesso para torcedores ao treino da seleção brasileira na segunda-feira (24) a tarde fez com que uma multidão decidisse ir ao CT do Caju na esperança de que a atitude se repetisse nessa terça-feira. Cerca de duas mil pessoas, segundo a Polícia Militar, ficaram em vigília na frente do portão principal do centro de treinamentos do Atlético Paranaense para o último trabalho da seleção na capital paranaense.
O técnico Dunga havia solicitado à CBF que a o acesso da torcida fosse liberado, mas diante da multidão que se aglomerou em frente ao CT, a PM achou por bem não permitir a entrada dos torcedores. "É só mostrar as imagens do pessoal ali fora para ver que não temos condições de liberar o acesso hoje", disse Rodrigo Paiva, diretor de comunicação da CBF.
Mas, para a surpresa geral, por volta das 17h20 todos os jogadores interromperam os trabalhos e por solicitação da assessoria de imprensa da CBF, com uma mini-escolta da PM, foram bem próximos ao portão. Por iniciativa do meia Kaká, ele e mais alguns jogadores - Robinho também - passaram pelo cordão de isolamento para um contato mais direto com os torcedores.
A auxiliar de produção Vera Lucia de Freitas, de 49 anos, ficou muito emocionada. "Eu nunca vou me esquecer desse dia. Nunca imaginei que iria tocar na mão de um jogador da seleção. Fiquei muito feliz", disse, lamentando apenas não ter visto o goleiro Júlio César, o seu preferido.
Ao contrário de sábado, quando os torcedores ficaram irritados pela blindagem da seleção e xingaram o técnico Dunga, dessa vez foi diferente. Os próprios torcedores controlavam os colegas mais exaltados. Isso porque depois do veto inicial, havia a promessa de que os jogadores iriam até o portão, informação "caguetada" por um dos seguranças.
Pelo menos sete carros da polícia compareceram ao local, com efetivo de quase 30 policiais. Um cordão de isolamento com apoio dos seguranças do clube garantiu a segurança dos jogadores.
A seleção brasileira se despede de Curitiba nesta quarta-feira. Os cinco dias de estada na cidade serviram para que os jogadores fizessem uma aclimatação (o clima na África do Sul é semelhante ao daqui nessa época), além de exames médicos de praxe e testes físicos.
O grupo embarca para a África do Sul as 12h30 desta quarta. Antes de irem realmente ao continente africano, os jogadores e a comissão técnica fazem uma parada em Brasília para a despedida oficial do presidente Lula.