É show

Espetáculo e fantasia. Esse é o presente que o técnico de Portugal, Carlos Queiroz, prometeu dar a quem assistir ao jogo contra o Brasil. O treinador fez uma inflamada defesa do jogo bonito. Chegou a dizer que seleções que disputam uma Copa do Mundo têm obrigação de apresentar um bom futebol. "Se o gramado não está bom, os jogadores têm de estar ainda melhores para compensar. Estamos numa Copa do Mundo, temos a obrigação de fazer grandes espetáculos, com técnica, fantasia, criatividade". Não é sempre que o treinador português se mostra um apaixonado pelo futebol bem jogado. Na estreia contra a Costa do Marfim, por exemplo, seu time jogou defensivamente, sem preocupar-se com brilho e ousadia. Queiroz, após aquela partida, admitiu: "Em uma estreia, o mais importante era não perder".

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Portugal pode chegar às oitavas de final da Copa do Mundo com um feito histórico na bagagem: vencendo o Brasil. Mas, por ou­­tro lado, pode também conseguir ser eliminado se perder e ver a diferença de nove gols de saldo para a Costa do Marfim ser ultrapassada. Seria um enorme desastre.

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Apesar de ser pequeno, o risco de perder a vaga para os marfinenses assusta. Uma goleada dos brasileiros somada a outro placar elástico dos africanos diante da Coreia do Norte não é descartado pela comissão técnica lusitana.

O treinador Carlos Queiroz não deixa-se enganar pela goleada por 7 a 0 aplicada sobre os norte-coreanos. O comandante faz um alerta para os seus jogadores.

"O Brasil não é a Coreia", avisa. "Vamos jogar para nos classificar", pondera.

Não desdenhando um empate como um bom resultado, mesmo que fique apenas com o segundo lugar do grupo G.

Inicialmente, Queiroz cogitava poupar alguns titulares para o confronto da língua portuguesa. Mas a ideia já foi completamente esquecida. Cristiano Ronaldo e companhia estarão em campo.

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Também pesa para Queiroz o fato de ele querer ver vingada a última derrota no comando dos portugueses, justamente contra o Brasil. Em novembro de 2008, os 6 a 2 de Brasília, ainda ardem nas suas costas.

"Naquela época tínhamos dez dias de treino, o trabalho estava apenas começando na seleção. Agora temos 18 jogos (com dez vitórias e oito empates)", afirma o técnico.

Dos três brasileiros naturalizados que defendem a seleção de Portugal, apenas o atacante Liédson deve iniciar o jogo. O meia Deco está machucado (problema no quadril) e o zagueiro Pepe fica no banco de reservas.