Luxuoso hotel da seleção brasileira em Dar Es Salaam, capital da Tanzânia. País africano desembolsou algo em torno de R$ 4 milhões para receber o time pentacampeão do mundo| Foto: Albari Rosa/ Gazeta do Povo – enviado especial

Dar Es Salaam, Tanzânia - Número 106 do ranking da Fifa, dirigida por um brasileiro (Már­­cio Máximo) e que terá o apoio de quase 60 mil fãs. Essas são as únicas informações que a seleção brasileira tem do time da Tan­­zânia, que enfrenta hoje, às 12 horas de Brasília (18 h local), no último teste antes da estreia na Copa, contra a Coreia do Norte, dia 15.

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Os 57 mil torcedores que pagaram de US$ 25 a US$ 180 para acompanhar o Brasil em ação pela primeira vez no país gostariam de ver o craque Ronaldinho Gaúcho, do Milan, no estádio Nacional Benjamin Mkapa, er­­guido com boa parte de dinheiro chinês.

A opção do técnico Dunga decepcionou os tanzanianos. Para agravar, o jogo custou cerca de R$ 4 milhões para os anfitriões.

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Em Dar Es Salaam, só se fala no jogo e na ausência do astro. Nada que anime os donos da casa a sonhar com a vitória. Pelo contrário, se escaparem de levar uma goleada já se darão por satisfeitos.

"A Tanzânia tinha um bom time no início dos anos 70. Depois, nunca mais. O Brasil vai ganhar de uns 4, 5 ou 6 a 0", prevê o taxista Salomon Nkewi, que se diz fã de Robinho e Kaká, mas garante ter sido muito mais aficionado por "Roberto Carlos e Carlos Alberto [Torres, capitão do tri]", diz.

Assim como ocorreu no amistoso frente ao Zimbábue, na semana passada, o estádio é bom e bonito. Localizado numa zona industrial, perto do porto, é o orgulho dos torcedores locais. Mesmo que a fase da seleção não seja das me­­lhores.

Jogando em casa, há oito dias, os Taifa Stars, como é a chamada a equipe da Tanzânia, perdeu por 1 a 0 para Ruanda.

"Nós amamos futebol. Gos­­tamos muito do Brasil e teremos muito prazer em servir de teste para a Copa. Mesmo que tenhamos um time fraco", reconhece o funcionário do aeroporto de Dar Es Salaam, Gary Smith.

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A comissão técnica da CBF não gostaria de enfrentar um time mais forte às vésperas do Mundial. O voo de Johanesburgo até a maior cidade tanzaniana levou três horas e vinte minutos. O desembarque ocorreu já no início da madrugada e o retorno à África do Sul ocorrerá apenas duas horas após a partida.