Respeitada na imprensa internacional pelo tratamento aberto que dá aos jornalistas do mundo todo, ontem a seleção brasileira decepcionou. Por volta do meio-dia, o departamento de comunicação da CBF cancelou a entrevista coletiva que estava prevista para as 12h45 (7h45 de Brasília).
Com isso, os profissionais da mídia que já haviam percorrido as longas distâncias quase sempre obrigatórias em Johannesburgo ficaram a ver navios. Os brasileiros, acostumados ao tratamento dado pelo técnico Dunga, pouco ligaram. Já os estrangeiros ficaram revoltados.
"Cancelaram a entrevista? Isso é um absurdo. Está previsto no canal de mídia da Fifa", lamentou o repórter alemão Marcus Wolkz, do jornal Der Spiegel.
Sem a presença de nenhum integrante da delegação canarinho, os cerca de 30 gringos que esperavam a entrevista tiveram de se virar pedindo auxílio aos repórteres brasileiros sobre o desempenho da equipe canarinho na primeira rodada.
"Alguém me ajuda a traduzir essas declarações da zona mista [realizada após o jogo contra a Coreia], por favor", pedia, inconformado, Sean Ingle, do inglês Guardian.
Segundo a CBF, não há nenhuma obrigação de colocar jogadores ou o técnico nas entrevistas em dias após os jogos da Copa. Conforme a reportagem apurou, sempre após o almoço da seleção no hotel The Fairway, Dunga repassa ao administrador Américo Faria a autorização para as coletivas. O assessor Rodrigo Paiva é apenas comunicado das decisões referentes à imprensa.
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