A coletividade e o futebol menos violento foram celebrados pela imprensa internacional como responsáveis pelo título da Espanha na Copa do Mundo. Glória esta alcançada neste domingo (11) com o gol de Andrés Iniesta na prorrogação. Sobrou até lembranças do acerto do polvo Paul, que cravou a vitória da Fúria sobre a Laranja.
O site do jornal alemão Bild foi o responsável por recordar a vitória nacional: o polvo Paul terminou a Copa do Mundo invicto. Eles consideraram que a partida teve uma má arbitragem e que a final entre Espanha e Holanda não era um jogo para os amantes do futebol.
Em Portugal, país vizinho da Espanha, o site do jornal A Bola ressaltou que a Fúria conquistou uma "dobradinha" ao somar a Copa do Mundo ao título da Eurocopa. Para eles, o jogo foi disputado com excesso de garra, num eufemismo para violência, e que a Espanha triunfou por não deixar a Holanda respirar.
Os argentinos do Olé não economizaram palavras, muito menos palavrões a Espanha. "P****, que campeão!" foi a manchete do diário esportivo da Argentina. Eles afirmaram que foi a vitória do futebol. A Holanda foi acusada de bater demais e o árbitro inglês Howard Webb foi permissivo com a violência. O jogo coletivo e as individualidades espanholas foram celebrados.
O inglês The Sun apostou num trocadilho: "Winiesta". O gol do meia do Barcelona foi apontado como feito histórico. Do outro lado do Canal da Mancha, o LEquipe cravou no título "2010 A Odisseia da Espanha". A coletividade e a lealdade do grupo foram dadas como fundamentais para o triunfo da Fúria.
Na Espanha, gratidão pelo feito da Fúria
Na imprensa espanhola, a gratidão e a comoção foram os tons da cobertura. O As agradeceu Andrés Iniesta por ter nascido e feito o gol e o apontou como gênio. Para o site da publicação, Iniesta fez acabar com o sofrimento histórico e a Espanha passa a se sentir grande.
O Marca celebrou o herói do jogo, Andrés Iniesta, considerado como um paradigma de humildade. O jogo da Holanda foi apontado como sujo pelo site do diário espanhol.
Mais emotivo ainda foi o El País. "As lágrimas de Casillas, o grande capitão, simbolizam o êxito mais importante do futebol espanhol, que não parava de acumular dissabores ao longo de 90 anos. Em dois anos, Espanha ganhou a Eurocopa o Mundial para se converter na rainha do futebol mundial," afirmou em seu texto.
Lamentação e repetição de trauma na Holanda
O site do jornal holandês De Telegraaf afirmou que a Copa do da África do Sul entrou para a história da Holanda como a repetição do traima de perder as finais. Foi a terceira vez que isto aconteceu. Foi lamentado também o fato de Arjen Robben ter tido duas chances de botar a bola para dentro e dar o título para a Holanda.
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