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| Foto: Jonathan Campos/Gazeta do Povo

Ingresso VIP

Bancos e outros órgãos públicos ou de economia mista compraram R$ 9,1 milhões em ingressos VIP da Copa para distribuir para clientes e parceiros – a informação é do jornal Folha de S. Paulo. Só o Banco do Brasil gastou R$ 5 milhões – a instituição não informou a quantidade de bilhetes adquiridos. Já a Caixa Econômica Federal investiu R$ 1,8 milhão para comprar 480 entradas. Esses pacotes foram acertados ainda em 2012 com a operadora da Fifa, bem antes da liberação de ingressos para o público geral.

  • Fabricio Macedo e o filho Fabricio Júnior comemoram a aquisição de ingressos no último lote da Fifa

A liberação do último lote de ingressos para a Copa do Mundo contabilizou casos de insistência, alegria, frustração e revolta. As 180 mil entradas, para todos os jogos, foram disponibilizadas pela Fifa à meia-noite de ontem pela internet. Houve quem conseguiu garantir rapidamente um espaço em um dos 12 estádios, mas a maioria teve de enfrentar horas na "sala virtual de espera" do site.

INFOGRÁFICO: Veja para quais jogos ainda há ingressos disponíveis

"Entrei exatamente às 23h57 [de terça-feira]. Fiquei acompanhando até umas 3h30 e fui dormir. Só às 7 horas, quando acordei, estava liberado para comprar", relatou o advogado Miguel Kalabaide, de 33 anos. Nessa hora, não havia mais bilhetes para a partida entre Austrália e Espanha, na Arena da Baixada, no dia 23 de maio, justamente a que ele queria assistir. Sobrou uma cadeira para o confronto entre Argélia e Rússia, no dia 26, também no estádio atleticano, como consolo.

O empresário Fabricio Macedo desistiu da internet e foi para o Shopping Pátio Batel às 7 horas para tentar a sorte. Quando o centro de vendas abriu, duas horas mais tarde, não havia mais bilhetes para a partida que ele pretendia ver – também Austrália x Espanha. "Muita gente foi para o quiosque da Fifa sem saber que o que estava à venda lá era o mesmo lote da internet, que não fazia diferença ir pessoalmente", reclamou. Pelo menos ele já havia comprado três ingressos para Argélia e Rússia, no dia 26, e vai levar o filho e um sobrinho.

Em São Paulo, houve confusão no ginásio do Ibirapuera. Quando o centro abriu para as vendas, os ingressos para a capital paulista e dos jogos do Brasil já haviam acabado. Isso gerou revolta de parte dos torcedores, alguns há mais de 24 horas na fila.

Apesar dos percalços evidentes, para a Fifa a venda foi considerada "muito positiva" e "tranquila". Na primeira hora, 26 mil tíquetes foram negociados. Às 6 horas da manhã, o número já tinha subido para 160 mil. Ainda existem entradas para 14 jogos menos expressivos, como Japão x Grécia, dia 19, em Natal (leia mais no infográfico).

Com os principais jogos esgotados, abriu-se espaço para os cambistas. Pela internet, alguns grupos foram criados para negociar ingressos para o Mundial, inclusive para a final. Uma dessas páginas já tem mais de 8 mil membros, que oferecem os bilhetes a preços bem mais altos que o praticado oficialmente. No Rio de Janeiro, um argentino foi preso ao tentar vender oito bilhetes. Cada um era oferecido a R$ 1,3 mil, sendo que pela Fifa o preço era de R$ 60 e R$ 350.

Todos os tíquetes são nomeados e há o risco de o comprador por vias ilegais não conseguir entrar nos estádios. Haverá uma checagem aleatória nos dias de jogo e se o detentor do ingresso não tiver documentos válidos, perderá a Copa do Mundo.

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