O engenheiro do Atlético, Flávio Vaz (centro), conversa com representantes do Sinaenco em visita técnica à Arena da Baixada: obras devem começar em agosto| Foto: Marcelo Elias/ Gazeta do Povo

Brasileiro

Dirigente mantém a confiança

"Estou mais empolgado do que antes." Nem parece que a declaração é de Alfredo Ibiapina, diretor de futebol do Atlético. Mesmo com três derrotas nas três primeiras rodadas do Brasileiro e o penúltimo lugar na tabela, o dirigente mantém o discurso de que o clube brigará por vaga na Libertadores e até pelo título.

"Estou mais confiante do que no início, para dizer a verdade. Sei que estamos no caminho certo. O time engrenou, está jogando certinho. Agora é só questão de acontecer [as vitórias]", disse Ibiapina. Para ele, o resultado mais justo no último sábado contra o Palmeiras teria sido o empate – o Rubro-Negro perdeu por 1 a 0 em São Paulo.

O dirigente acredita que logo os torcedores atleticanos irão se animar ao ver o crescimento da equipe, que ainda não marcou nenhum gol neste Brasileiro. "A torcida pode ficar tranquila e confiante que as coisas vão acontecer. Nada do que eu falei vai deixar de acontecer", garantiu.

Ibiapina espera ainda nesta semana oficializar novos reforços. No entanto, não estipulou um prazo para o anúncio.

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A próxima Copa do Mundo deve começar para o Atlético, na prática, a partir de agosto. A intenção do clube é dar o pontapé inicial às obras de conclusão da Baixada nesse período, o que significaria pelo menos três meses de atraso, para ainda ter tempo de finalizar a construção até dezembro de 2012.

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Por um lado, isso permitiria ao Rubro-Negro ainda almejar a Co­­pa das Confederações – evento teste da Fifa –, no ano seguinte. Por outro, vai obrigá-lo a buscar uma nova casa já no primeiro turno deste Brasileiro. Durante a remodelação do estádio, nenhuma partida poderá ser realizada no Joaquim Américo.

Se a programação revelada pelo engenheiro do Atlético, Flávio Vaz, em encontro com representantes do Sinaenco – Sindicato Na­­cional das Empresas de Arqui­­tetura e Engenharia Con­­­­sultiva –, se concretizar, o Furacão terá seu primeiro mando de campo longe da Baixada diante do Corinthians, dia 7 de agosto.

Depois, serão outros 12 jogos como inquilino, provavelmente em uma Vila Capanema revitalizada e ampliada com dinheiro ru­­bro-negro. "É a negociação mais adiantada", confirmou Vaz. Pelo calendário do clube, a Arena teria de ficar fechada por 18 meses.

Além dos custos para arrumar um lar provisório – e a perda de re­­ceita com o fechamento da Baixada –, o Furacão ainda teme encarar outros gastos. Isso porque a Fifa ainda vai enviar as de­­ter­minações relativas à área de hospitalidade, que ficará no entorno do Joaquim Américo.

"As tendas serão responsabilidade da prefeitura, mas é possível que tenhamos de custear a estrutura, como eletricidade e água", ex­­plicou o engenheiro atleticano. Segundo ele, a Fifa promete não fazer novas demandas a partir de 29 de julho, quando haverá o sorteio das Eliminatórias, no Rio. O projeto do estádio atleticano mudou 12 vezes até agora.

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Com as despesas crescendo e decidido a não desembolsar mais do que R$ 45 milhões pela conclusão da Arena, o clube tenta costurar acordo com uma construtora para garantir a execução das obras o mais rápido possível. Cinco em­­presas já conversaram com o Atlético (OAS, Andrade Gutierrez, Triunfo, Carteloni e Matec) e uma sexta demonstrou interesse em negociar.

Por causa da correria para compensar o tempo perdido, Va­­z atestou o discurso já utilizado pelo presidente do clube, Marcos Malucelli, de que abrigar a Copa das Confederações é benéfico para Curitiba, porém um incômodo ao clube. "Nos daria mais tempo para trabalhar, pois ganharíamos um ano a mais de prazo [para o Mundial, a data-limite é dezembro de 2013]", opinou.

A visita técnica do Sinaenco à Baixada foi uma prévia para o seminário promovido hoje pela instituição em Curitiba. O evento que discutirá o torneio na capital paranaense será no Hotel Rayon Deville, das 13 h às 18 h, e a entrada é gratuita.