Joachim Löw, técnico da Alemanha, passeia na praia após o sorteio| Foto: Marcus Brandt/Efe

A Copa-2014 terá dois grupos da morte. Não apenas pela força dos seus integrantes, mas pelas altas temperaturas e os longos deslocamentos aéreos que Uruguai, Inglaterra, Itália e Costa Rica (D); Alemanha, Portugal, Gana e Estados Unidos (G) terão de enfrentar na 1.ª fase.

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Condições que desencadearam na primeira polêmica pré-Mundial. Ao dizer que preferia encarar um grupo da morte a jogar na região amazônica, o técnico da Inglaterra, Roy Hodgson, comprou briga com o prefeito de Manaus, Arthur Virgílio (PSDB). O tucano prometeu que toda a cidade passará a torcer pela Itália – os rivais europeus se encontram na Arena Amazônia no dia 14 de junho.

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"Vamos mostrar que somos qualificados e receber muito bem o técnico inglês. Mas isso não nos impede de torcer pela Itália como jamais poderia se supor que houvesse tamanha torcida no Brasil. Somos Itália desde criancinha", disse o prefeito à Folha de S. Paulo.

Embate que se estendeu para os periódicos britânicos. O Daily Mail classificou a passagem do English Team por Manaus como "barulho na selva". "Será uma grande chance de conhecer o Norte do Brasil, uma experiência muito interessante", afirmou Hodgson, após o sorteio, à BBC, procurando minimizar a discussão.

Temas que também entraram, em menor ou maior grau, na pauta dos demais componentes do grupos da morte. Os Estados Unidos serão o "campeão de milhagem" da fase inicial do torneio da Fifa. Nada menos do que 5.598 km de deslocamento entre Natal (pega Gana), Manaus (Portugal) e Recife (Alemanha). Com o bônus de a partida na capital pernambucana estar marcada para as 13 horas – a temperatura média na cidade em junho é de 28°C, com a umidade do ar passando da casa dos 90%. "Teremos muitas dificuldades, mas estamos prontos para enfrentá-las", disse o alemão Jürgen Klinsmann, que comandará os norte-americanos no Mundial.

Se não bastasse, o ex-atacante terá de duelar com o amigo Joachim Löw, que o sucedeu no comando da Alemanha. "Sempre trocamos ideias, mas agora isso vai mudar", afirmou Löw, que antes tem pela frente Portugal (Salvador) e Gana (Fortaleza).

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