Marco Polo del Nero, presidente eleito da CBF, e os demais dirigentes da Fifa se deram um aumento de 100% em suas remunerações no início do ano, passando a receber mais de R$ 440 mil por ano para estar presente a cada dois meses às reuniões da entidade em Zurique. As informações são do jornal britânico Sunday Times, que publica neste domingo mais uma leva de documentos secretos da entidade que comanda o futebol mundial.
Os cartolas do Comitê Executivo da entidade aprovaram o aumento depois que a auditoria da Fifa chegou à constatação de que os dirigentes não deveriam receber bônus pela Fifa, já que não faziam parte da estrutura que fechava acordos comerciais.
Com a redução dos privilégios, anunciada em dezembro na Costa do Sauipe, palco do sorteio dos grupos da Copa de 2014, e que entrou em vigor em 2014, a decisão dos dirigentes foi a de promover um aumento do valor que a entidade os concede a cada ano pelos trabalhos prestados. Os benefícios passaram de US$ 100 mil por ano para US$ 200 mil, sem contar com as viagens de luxo, hotéis 5 estrelas e privilégios por onde passam.
No Rio, neste período de disputa do Mundial, os cartolas estão hospedados no Copacabana Palace e Joseph Blatter, presidente da entidade, exigiu um tratamento equivalente a de um "dignatário".
O Comitê Executivo da Fifa é formado por 24 cartolas das diferentes regiões do mundo e que tomam as principais decisões do futebol mundial. O assento brasileiro no organismo por anos foi por ocupado por Ricardo Teixeira. Mas, quando o dirigente deixou a CBF, ele também deixou vago seu lugar e Del Nero acabou ocupando o cargo.
A Fifa nunca esteve tão rica como agora. A Copa do Mundo no Brasil gerou uma renda recorde de US$ 4,5 bilhões para a entidade. Em apenas dez anos, o organismo triplicou o salário pago a seus 400 funcionários e cartolas, ultrapassando a marca de US$ 100 milhões. O salário de Joseph Blatter, presidente da Fifa, é mantido em sigilo.
DIREÇÃO - Segundo ainda o Sunday Times, cargos de diretores da entidade ganhariam cerca de R$ 2 milhões por ano (ou aproximadamente US$ 900 mil). Isso incluiria posições como a de Jérôme Valcke, secretário-geral, ou Thierry Weil, diretor de marketing.
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