Governo e Fifa anunciaram nesta quinta-feira (19) que terão de realinhar a operação de segurança da Copa do Mundo. Reuniões foram iniciadas já na última quarta-feira e, até esta sexta, um novo esquema será definido. "É vergonhoso o que ocorreu", declarou Ralf Mutschke, chefe de segurança da Fifa, em entrevista coletiva no Rio, ao comentar a invasão de torcedores chilenos ocorrida no Maracanã menos de uma hora antes do jogo entre Chile e Espanha.
A entidade que controla o futebol mundial se recusou a dar detalhes sobre o que pode ser mudado no seu esquema de segurança nos estádios da Copa, mas garantiu que tal incidente como o de quarta-feira "não voltará a ocorrer".
Na ocasião, entre 150 e 200 torcedores chilenos invadiram a área de imprensa do Maracanã, quebrando paredes e causando confusão. Parte dos invasores chegou até a arquibancada, enquanto 88 foram detidos e serão deportados.
Antes da entrevista coletiva concedida por Ralf Mutschke, a reportagem apurou com uma fonte do alto da escalão da Fifa que a entidade transferiu a responsabilidade pelos fatos ocorridos no Maracanã ao poder público. Logo após o incidente, membros da entidade e do Comitê Organizador Local (COL) realizaram uma reunião de emergência, e a Fifa concluiu que Polícia Militar do Rio deveria ter evitado a invasão dos torcedores. "O perímetro de fora do estádio é de responsabilidade das autoridades", disse a fonte do alto escalão da entidade.
A reportagem apurou, porém, que o governo federal defende que há falta de vigias contratados pela Fifa em número suficiente nas portas dos estádios da Copa. No último domingo, o Ministério da Justiça e o Ministério da Defesa realizaram uma reunião com a entidade que controla o futebol mundial e o governo insistiu que uma solução precisaria ser encontrada para o déficit de seguranças nas arenas do Mundial.
A Fifa, por sua vez, avisou que está contratando novos funcionários para cuidar da segurança, depois de problemas terem ocorrido também em outros estádios que abrigam partidas desta Copa do Mundo.
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