Longas filas, espera de cinco horas, desinformação e tumulto marcaram, na manhã deste sábado (7), o credenciamento para trabalhar na Arena Corinthians durante a Copa do Mundo de 2014. Por volta das 11 horas, pelo menos três mil pessoas contratadas para trabalhar no atendimento dentro do estádio aguardavam debaixo de sol forte, do lado de fora do prédio da Faculdade de Tecnologia de São Paulo, onde estava sendo feito o cadastro. "Está um caos, gente cortando fila. Recebemos uma ou outra orientação da empresa que nos contratou, mas aqui da organização, nada", contou à Gazeta do Povo Raíssa Porto, de 26 anos, que trabalhará com garçonete no estádio.
Enquanto a reportagem conversava com Raíssa, houve um tumulto no portão, a poucos metros dali. O segurança chamou os contratados para trabalhar no café do estádio. Teve corre-corre destes funcionários e protestos de quem estava na fila. Um grupo que saiu de Bauru em dois ônibus, por volta de 1h30 da manhã, e estava na espera desde 7 horas. Revoltados, eles bateram boca e trocaram empurrões com os seguranças. O portão foi fechado por cerca de dez minutos.
Uma funcionária do Comitê Organizador Local (COL), que pediu para não ser identificada, disse que o acúmulo de pessoas foi causado pelas empresas, que orientaram seus contratados a ir neste sábado ao Itaquerão. Segundo a funcionária, o credenciamento está aberto ininterruptamente e não tem tido fila. Na sexta-feira, a Gazeta do Povo esteve no mesmo local, por volta das 10 horas, e havia cerca de 100 pessoas apenas na espera.
O garçom Henrique Santos, de 32 anos, foi um dos trabalhadores que foi ao Itaquerão neste sábado por determinação da empresa. Ele chegou ao estádio às 7 horas e se surpreendeu ao ver mais de 500 pessoas na fila. Ele levou duas horas e meia para ser credenciado e esperou mais duas horas até o último contratado da empresa fazer o registro. Ele nem sabia ao certo como seria seu trabalho durante a Copa.
"Vou trabalhar no buffet, mas não sei exatamente em qual parte. Vão dizer pra gente só no treinamento agora", disse.
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